Conjunto arquitetônico da Pampulha sem iluminação especial

Letícia Alves - Hoje em Dia
20/01/2015 às 07:17.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:43
 (Luiz Costa/Hoje em Dia)

(Luiz Costa/Hoje em Dia)

Grandes obras não foram feitas para serem contempladas apenas à luz do dia. Quando o sol se põe, entram em cena projetos de iluminação especial, que tornam os monumentos históricos ainda mais atraentes. Mas, em Belo Horizonte, a Igrejinha da Pampulha, símbolo da cidade, esconde-se na penumbra, graças a uma insuficiente disposição de refletores.

Na obra-prima de Oscar Niemeyer, a abóbada principal da fachada, virada para a lagoa, fica invisível com o cair da noite. O destaque dado pelas luzes é a parte de trás do monumento, onde estão os painéis de Cândido Portinari.

Essa peculiaridade não é exclusiva da Igrejinha. Outro monumento do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que almeja o título de Patrimônio Mundial da Unesco, também fica escondido no breu, quando visto de determinados ângulos. Faltam lâmpadas em uma das laterais do Museu de Arte, voltada para a orla.

Decepção

Quem deixa para visitar os monumentos após as 20h reclama da iluminação precária. O consultor de negócios Leonardo Augusto de Mattos Leal, de 36 anos, tentou tirar uma foto da Igrejinha e ficou decepcionado com a imagem, muito distante da beleza da edificação durante o dia. “Não dá para identificar exatamente o que é. A frente dela está completamente apagada”, afirmou.

Tão escura que a auxiliar administrativa Liliane Dias, de 29 anos, não visita o local à noite. “Não tem como aproximar para tirar foto. Tem gente que aproveita e fica escondido na parte escura. É muito perigoso”.

A pouca iluminação do Museu de Arte incomodou o tradutor Welbert Silva Dias, de 20 anos. “Essa parte da orla é uma das mais escuras. Não tem turista que se arrisque a tirar foto. De outros pontos da orla, onde o museu é visível de dia, nem dá para saber o que tem aqui”.

A empresária Lívia Alves Bitarães, de 24 anos, tem o hábito de fazer caminhadas no entorno da lagoa. Ela conta que já encontrou turistas com medo de esperar táxi em frente ao museu. “Eles estavam com receio porque falta iluminação. Acho que a prefeitura deveria investir no destaque de pontos turísticos”, afirma.

Medidas

Outro importante ponto turístico da capital, a Praça da Estação, também está com a iluminação negligenciada. O Hoje em Dia mostrou, há pouco mais de uma semana, que os postes de luz em frente ao local, na avenida do Contorno, estavam apagados.

Providências

A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) informou que irá enviar técnicos para vistoriar os monumentos da Pampulha para verificar o que pode ser feito. Ainda de acordo com o órgão, será feito um estudo para adoção de eventuais mudanças.

Reclamações sobre iluminação podem ser feitas pelo telefone 156.
 

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