Conjunto de moradias tombadas serão restauradas no bairro Santo Antônio

Aloísio Morais - Hoje em Dia
24/12/2013 às 08:05.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:59
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Com exceção de cinco imóveis atualmente ocupados e com liminar na Justiça, todos aqueles que são tombados pelo patrimônio histórico e cultural foram cercados nos últimos dias por tapumes metálicos no quarteirão que envolve as ruas Congonhas, Leopoldina e Santo Antônio do Monte, no bairro Santo Antônio, na região Sul de Belo Horizonte.

Mas, ao contrário do boato que corre entre os vizinhos, não será construído nenhum prédio sobre a fachada dos imóveis tombados. É o que garante o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas José de Oliveira.

“Para a Fundação não existe mais isso de tombamento apenas de fachada. Protege-se o bem inteiro e é nossa pratica ir além, proteger conjuntos, como é esse caso. Ou seja, toda essa parcela da rua é protegida pelo município. Não será construído nenhum edifício, pois as casas são tombadas integralmente, incluindo os quintais e o interior das mesmas, pelo Conselho de Patrimônio Cultural”, disse.

Conforme Oliveira, foram exigidas aos proprietários dos imóveis, por parte da Fundação Municipal de Cultura e prefeitura, providências urgentes para evitar danos aos imóveis, que estavam sendo invadidos e depredados após ficarem desocupados.

“A colocação dos tapumes e o pagamento da multa aplicada, como rege a lei, vieram, portanto, de forma provisória, resguardar as casas. No entanto, a Fundação pediu a restauração imediata dos bens. Ressalto ainda que os projetos de restauração de todas as casas já foram aprovados pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Portanto, a obra de restauração já pode ser iniciada”, destacou Oliveira.

Ele confirmou, no entanto, que no quarteirão serão construídos prédios de apartamentos. “Vi no projeto e toda a cidade pode ter acesso, pois temos cópia na diretoria de patrimônio. Será construído, sim, um edifício, mas no lugar dos chalés que ficam atrás das casas e com saída para outra rua. E, nesse caso, não cabe à Fundação ou ao Conselho intervir, pois é regido pelo Plano Diretor”, explicou.

Além dos chalés, o quarteirão de propriedade de Eliana Ferretti Martins e um irmão tem imóveis que não são tombados, como é o caso da escola de natação Pingo D’água e uma oficina mecânica.

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