Há 50 dias o bebê J.S.C.S. recebe um atendimento especial em Espinosa, no Norte de Minas. A criança nasceu com má-formação no esôfago, o que dificulta a alimentação e compromete o desenvolvimento. Uma equipe especializada de Belo Horizonte, que não poderia atuar naquela cidade, dá todo o suporte que os médicos de lá precisam para melhorar o quadro do recém-nascido. Isso é feito por meio de webconferência.

A tecnologia será usada a partir de agora no Estado com o objetivo de acelerar a redução da mortalidade infantil. A situação do bebê de Espinosa tem sido abordada pela equipe de telemonitoramento com apoio de intensivistas, cirurgiões pediátricos e pediatras.

O trabalho é desenvolvido por meio de uma parceria da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

40 leitos

O projeto Telemonitoramento de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e de Cuidados Progressivos Neonatais será levado, inicialmente, aos hospitais Nossa Senhora da Saúde (Diamantina), Universitário Clemente Faria e Santa Casa de Montes Claros (Montes Claros) e Maternidade do Hospital Sagrado Coração de Jesus (Janaúba).

No primeiro momento, o projeto beneficiará 40 leitos de UTI destas instituições. Em 2013, todas as instituições do SUS no Estado que solicitarem poderão aderir ao projeto.

Estima-se que a maior parte dos óbitos de crianças até 1 ano ocorre no período neonatal precoce (até seis dias).

“O sistema possibilitará o acompanhamento de casos clínicos e discussão on-line entre o médico responsável diretamente pelo paciente da unidade hospitalar participante e os especialistas da Central de Monitoramento”, explicou o subsecretário de Estado de Saúde, Maurício Botelho, que disse que a prática é inédita no país.

“Notamos que há demanda para especialidades específicas que basicamente só encontramos na capital. Essa é a grande vantagem desse tipo de sistema”.

Maurício Botelho informou que serão investidos cerca de R$10 milhões em qualificação dos profissionais, em 2013.

Compartilhar