Consumidores que gastarem água a mais serão sobretaxados, diz Pimentel

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
29/01/2015 às 08:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:49
 (Wesley Rodrigues /)

(Wesley Rodrigues /)

Minas Gerais pode experimentar um racionamento severo de água, caso não sejam alcançadas as medidas de economia do recurso traçadas pelo governo do Estado. A afirmação foi feita, ontem, pelo governador Fernando Pimentel que disse, ainda, que aqueles consumidores que gastarem mais água do que nos últimos 12 meses serão sobretaxados na fatura.

Nesta quarta-feira (28), Pimentel se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em Brasília, para discutir a situação dos reservatórios mineiros.

O governador atribuiu a uma série de condicionantes o possível racionamento de água em Minas. “Se não chover, se o consumo não cair e a vazão não aumentar, se não conseguirmos mais captação, em três meses vamos ter que racionar severamente”, destacou.

Apesar da gravidade da situação, o governador destacou a possibilidade de as medidas emergenciais que serão adotadas no Estado serem suficientes para evitar o racionamento. Dentre elas, estão a economia de 30% no consumo e a transposição do Rio Paraopeba para o Rio Manso.

“Vai chover um pouco, podemos aumentar a captação mesmo sem essa obra (de transposição) e o consumo vai cair. Colocamos essa meta de 30%, que é uma meta factível e que nos permite vislumbrar atravessar o ano sem medidas drásticas, mas se isso não acontecer, vamos para o rodízio e para o racionamento”, explicou o governador.

Alerta

Em Belo Horizonte, o risco de racionar também foi levantado por representantes da diretoria da Copasa que participaram de uma reunião com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.

De acordo com o diretor de Operação Metropolitana da empresa, Rômulo Thomaz Perilli, desde que assumiu, no último dia 16, a nova gestão da companhia deparou-se com relatórios que mostravam uma “rápida deterioração do volume armazenado nos reservatórios”.

“Se nós tivermos, em 2015, a mesma precipitação (pluviométrica) que aconteceu em 2014, vamos entrar em colapso no sistema Paraopeba até julho ou agosto. Ou seja, os reservatórios serão esvaziados totalmente”, alertou.

Segundo Perilli, em anos anteriores, o volume total do sistema estava em torno de 70%, nesse mesmo período. “A situação é gravíssima. Já comunicamos o Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) a situação atual, solicitando que decretem a situação crítica dos recursos hídricos para que a Copasa possa tomar medidas mais duras”.

Em nota, o Igam informou que recebeu a avaliação da companhia e que “irá analisar tecnicamente o documento face à situação dos recursos hídricos do Estado”. O texto também diz que “o estudo será finalizado o mais breve possível em observância à urgência que o assunto requer”.

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