(Rede Social/Reprodução)
A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), informou nesta sexta-feira (8) que vai proibir o consumo de bebida alcoólica em bares e restaurantes na cidade da Grande BH, mas não pretende interromper o funcionamento de nenhum segmento comercial. A medida é uma das ações anunciadas para conter o avanço da Covid-19 no município, que atingiu 85% de ocupação de leitos de UTI com pacientes diagnosticados com a doença.
A nova norma vai entrar em vigor assim que o decreto municipal for publicado, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira (11).
Conforme a prefeita, o comércio seguirá aberto, mas com restrição nos horários de funcionamento. O assunto será debatido neste sábado (9), em uma reunião on-line entre a prefeita e representantes de diversos setores econômicos, como lojistas, prestadores de serviço, indústria, transporte público e lideranças religiosas.
"Por enquanto nós não vamos fechar. Mas nós vamos adotar medidas que possam restringir ou limitar o funcionamento e elas não são únicas para todos os segmentos", explicou Marília Campos.
Ainda de acordo com a prefeita, além da atuação da Guarda Municipal, ela fará uma reunião com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros para que as corporações ajudem na fiscalização das novas regras.
A cidade tem 14.213 casos confirmados de Covid-19 e 540 mortes provocadas pela doença. O número médio de transmissão por infectado está em 1,13, mais alto do que em Belo Horizonte, o que significa que 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 113, em média.
Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz
Antes de falar sobre coronavírus, Marília Campos se pronunciou sobre a demolição do Centro de Especialidades Iria Diniz, no final do ano passado. Segundo a prefeitura, no local eram feitos cerca de 15 mil atendimentos ao mês em 32 especialidades médicas.
“Ainda no processo de transição, no dia 28 de dezembro, o governo anterior comunicou à equipe de transição de que iria ser transferido para um novo prédio situado à avenida João César de Oliveira. Nossa equipe de transição nos manifestamos contrários, tendo em vista que poderia ter interrupção do atendimento do usuário do sistema. A prefeitura não atendeu nossa solicitação. Eles providenciaram a transferência, que começou a partir do dia 28 e, no dia 30, começou a demolição do centro de consultas especializadas. Nós optamos, neste primeiro momento, por fazer essa descentralização, atendendo nas unidades básicas de saúde. E, no médio e longo prazos, vamos providenciar um funcionamento mais definitivo em um local mais apropriado. As 1.400 pessoas que tiveram os atendimentos adiados serão priorizadas e contatadas pela prefeitura por telefone para o reagendamento", conclui a prefeita.