Conversa de bar ganha tom científico em BH

Da Redação
20/05/2019 às 19:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:44
 (Divulgação)

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Nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens não é difícil receber vídeos e textos sobre o “perigo” oferecido pelas vacinas. Esse tipo de conteúdo tem, inclusive, trazido prejuízos ao combate às doenças. Para desmitificar o assunto, o tema será debatido hoje em um local bastante inusitado da capital: no boteco.

A proposta integra a quarta edição do Pint of Science, considerado o maior evento internacional sobre divulgação científica, que começou nesta segunda-feira (20). Neste ano, o projeto é realizado em 85 cidades brasileiras e em outros 23 países.

“Essa vontade de falar sobre ciência em mesa de bar combina com o mineiro, que tem a referência de dividir esse espaço para assuntos diversos. Cientistas querem falar sobre pesquisas, e a população quer saber sobre elas”, frisa a coordenadora do Pint of Science em Minas, Marina Andrade.

No ano passado, conforme a organização do evento em Minas, cerca de 2,5 mil pessoas participaram das palestras em Belo Horizonte

 Imunização

Uma das palestras de destaque será na Cantina do Lucas, tradicional restaurante no Edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte. O tema será apresentado pelos pesquisadores Olindo Assis e Shirley Lima, respectivamente das fundações Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ezequiel Dias. A dupla vai abordar os benefícios da imunização, além de combater algumas fake news que circulam, principalmente, na internet.

De acordo com Shirley, o momento é importante para discutir esse assunto, uma vez que as informações falsas acabam levando muitas pessoas a desacreditarem da eficácia da proteção. “De acordo com esses conteúdos, vacinas causam, por exemplo, autismo e alergias, o que é um absurdo. Atualmente, as doses evitam, em média, 3 milhões de mortes por ano”.

Levar o assunto para a mesa do bar, porém, ajuda a desburocratizar o tema, avalia a especialista. “Será em um ambiente descontraído, por isso tentaremos esclarecer as dúvidas para as pessoas leigas”, diz a pesquisadora.

Receptividade

Até esta quarta-feira (22), a população também poderá participar de bate-papo sobre a representatividade da mulher na produção científica, o uso de venenos de aranha para tratamento de doenças e, até mesmo, a ciência por trás do futebol. Ao todo, na metrópole, cinco bares abriram as portas para o projeto.

Segundo Marina Andrade, esses locais foram muito receptivos. “As pessoas gostam do formato, pedem para ocorrer mais vezes. Mas como é um projeto internacional, isso fica difícil, pois depende de um cronograma e de recursos”, explica.Editoria de Arte

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