Corregedoria da Polícia Civil vai investigar fuga da Casa de Custódia

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
15/05/2018 às 20:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:51
 (Reprodução/Google Street View)

(Reprodução/Google Street View)

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais vai apurar em quais circunstâncias um servidor da instituição conseguiu escapar da Casa de Custódia da corporação, em BH, onde estava detido, e matar três mulheres em Santa Luzia, na região metropolitana. P.J.O., de 40 anos, suicidou. O crime foi na madrugada de ontem. 

As vítimas eram mãe, também de 40, e filhas, de 15 e 18. Há nove meses, o agente estava preso após ser denunciado pelo suposto estupro das duas jovens. 

O triplo homicídio ocorreu na casa onde a família morava, no bairro Monte Carmelo. Aos militares, o marido de L.C.P. e padrasto de N.D.P. e R.G.P. contou que o homem teria chegado ao local por volta de 1h e arrombado o portão.

Ao acordarem com o barulho, os moradores foram surpreendidos com P. dentro da residência. Em seguida, ele teria ordenado que a filha mais velha da dona da casa e o padrasto saíssem do local. 

As três mulheres estavam na sacada do imóvel quando foram baleadas na cabeça. Elas morreram na hora. Em seguida, o policial atirou contra a própria cabeça. Ele chegou a ser socorrido, mas foi a óbito horas depois no hospital.

Segundo a polícia, em um dos quartos da casa foi encontrada uma substância semelhante à maconha, além de triturador de drogas e um envelope que serviria para embrulhar entorpecentes; testemunhas teriam dito que o material era de uma das mulheres assassinadas

Prisão

O agente estava preso desde 27 de fevereiro de 2017 na Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, na região Leste da capital mineira. Acusado de ter estuprado N. e R., a condenação dele pelos crimes teria sido anunciada pela Justiça na última segunda-feira. 

Segundo a PM, além da arma de fogo utilizada na execução de mãe e filhas, o suspeito carregava facas, alicate e uma cópia da identidade funcional. Porém, não havia informações de como P. teria conseguido sair da unidade de detenção e adquirido os equipamentos.

Responsabilidades

Em nota, a Polícia Civil informou já ter aberto “procedimento administrativo para apurar as circunstâncias em que ocorreu a fuga e eventual responsabilidade disciplinar ou criminal envolvendo servidores da Casa de Custódia”.

Segundo a corporação, as investigações sobre as mortes foram iniciadas imediatamente após o ocorrido. As apurações são conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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