Corrida contra o relógio para arrumar a casa para a Copa

Rosildo Mendes - Hoje em Dia
19/01/2014 às 07:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:26
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Faltando pouco mais de cinco meses para a abertura da Copa do Mundo, cidades que integram o roteiro turístico do Estado, como Ouro Preto, Mariana, Santana do Riacho (Serra do Cipó) e Caeté (Serra da Piedade), na região Central, e Sabará, na Grande BH, ainda não estão preparadas para receber os visitantes estrangeiros que virão para Belo Horizonte durante o Mundial.   Na lista de problemas apurados pelo Hoje em Dia nos municípios estão falta de sinalização bilíngue nas estradas e monumentos; igrejas e casarões interditados; agentes e servidores municipais sem treinamento para atender os forasteiros; rodovias de acesso às cidades sem acostamento; trânsito confuso; lixo nas ruas; poucas vagas de estacionamento; nenhuma acessibilidade a imóveis históricos para portadores de necessidades especiais.    A sinalização precária e por vezes ausente para orientar os visitantes sobre o patrimônio foi um dos itens criticados por turistas franceses que visitaram Ouro Preto na semana passada.    “Se não fosse meu genro, que é brasileiro, teria muita dificuldade para me locomover nesta cidade”, disse Colette Le Masson, que não sabe uma palavra em português e teve a fala traduzida pelo parente.    A irmã dela, Anne Marie Ourvovai, só conseguiu encontrar o posto de informações após ver uma pequena placa com a letra (i) na entrada da Secretaria Municipal de Turismo. “Como o símbolo é universal, fizemos questão de procurar, mas achar não foi fácil”, disse. Na recepção, eles conseguiram um mapa com as principais atrações da cidade. Mas os textos só vinham em português e inglês. O grupo não ficará para o evento esportivo, em junho e julho, quando Belo Horizonte sediará seis jogos.    A expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH) e Ministério do Turismo é a de que três milhões de turistas brasileiros e 600 mil estrangeiros circulem pelo país.    O número é considerado bom pelo vice-presidente da ABIH, Pedro Varella. No entanto, ele lamenta, por exemplo, os perigos nas estradas que cortam a região metropolitana. Muitos trechos estão malconservados, o que pode prejudicar o deslocamento dos turistas para o Mineirão e as cidades turísticas.    Congestionamentos, aeroportos e rodoviárias superlotados, atrasos e cancelamentos de voos, transporte público ineficiente e buracos nas rodovias também são gargalos. “O ponto positivo é que os visitantes não terão dificuldade para se hospedar”.    Leia mais na Edição Digital

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