Covid-19: 'O pior ainda está por vir', diz secretário de Saúde de Belo Horizonte

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
15/04/2020 às 08:39.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:16
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

O isolamento social em BH já pode ter prevenido cerca de 70 mortes e mais de 2 mil infecções por Covid-19, destacou o secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado. Até terça-feira (14), a cidade tinha 367 casos confirmados e seis óbitos. 

Mas o gestor alerta que os bons números não podem motivar um eventual afrouxamento da quarentena neste momento. A flexibilização, inclusive, só será permitida com o sinal verde dos especialistas que compõem o comitê de combate à enfermidade criado na capital.
 
A prefeitura tem evitado prever data para picos da epidemia na metrópole. No Estado como um todo, conforme o governo mineiro, a explosão dos casos deve ocorrer no início de maio. A projeção pode mudar, dependendo do comportamento da sociedade.

De acordo com Machado, o resultado considerado positivo da quarentena leva a um debate para que a medida seja encerrada. 

“Muita pressão que sofremos vem da falsa impressão de que o isolamento não é necessário. O pior da epidemia está por vir. Nesta hora, a manutenção do distanciamento é a maior arma que temos, além da etiqueta de tosse, da lavagem das mãos. Tudo isso exige mais rigor ainda”.

Uso de máscaras na capital

Quem estiver sem máscaras nas ruas da capital ficará proibido de entrar em estabelecimentos como supermercados e farmácias. Essa foi uma das restrições antecipadas pela prefeitura da capital, nesta terça-feira, após Alexandre Kalil informar que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) será obrigatório na cidade a partir de sexta-feira. Um decreto com as regras a serem seguidas será publicado.

 Antes indicada apenas para pessoas infectadas com a Covid-19, a peça agora é considerada uma das armas para conter o avanço da doença na metrópole. Nova Lima, Pedro Leopoldo, Lagoa Santa e Santa Luzia, na Grande BH, já adotaram a mesma exigência.

“Do mesmo jeito que a flexibilização no interior nos incomoda, devemos humildemente seguir o exemplo do que está acontecendo na Grande BH”, destacou Kalil.

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