CPI da Pandemia ouve irmãos Miranda sobre denúncia na compra da Covaxin

Da Redação (*)
portal@hojeemdia.com.br
25/06/2021 às 09:38.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:15
 (Reprodução/Agência Senado/Twitter)

(Reprodução/Agência Senado/Twitter)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve, nesta sexta-feira (25), os irmãos Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e Luis Miranda, deputado federal pelo DEM-DF, responsáveis por denúncias de possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, pelo governo federal. A reunião terá início às 14h.

Luis Ricardo Miranda é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ele relatou ao Ministério Público Federal e à imprensa ter recebido pressões para acelerar o processo de compra da Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech. A negociação está sob suspeita em razão do valor unitário das vacinas, considerado elevado – em torno de R$ 80 –, e da participação de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos.

Em entrevista ao jornal O Globo, Luis Ricardo disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas. O governo nega qualquer irregularidade. O requerimento convocando os depoentes foi do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Renan e o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), relataram preocupação com a segurança dos depoentes. Por isso, uma proteção para os irmãos foi solicitada à Polícia Federal.

Em pronunciamento na quarta-feira (23), Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, atacou o deputado e anunciou processo administrativo disciplinar contra o servidor. “Deputado Luis Miranda, Deus está vendo. Mas o senhor não vai só se entender com Deus, vai se entender com a gente também”, disse.

Para o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Onyx pode ter cometido crime previsto na Lei 1.579, de 1952, que regula o funcionamento das comissões parlamentares de inquérito — especificamente o inciso I do artigo 4º: "Impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de comissão parlamentar de inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros".

(*) Com informações da Agência Senado

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por