Crea de Minas "desenha" como se faz uma BH melhor

Raquel Ramos - Hoje em Dia
30/10/2013 às 06:42.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:45
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Quais características ajudariam a desenhar a cidade ideal? Em cinco tópicos, profissionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) identificaram problemas, mas também apontaram soluções que poderiam transformar Belo Horizonte em um lugar melhor de se viver.   As propostas integram um documento que será entregue à prefeitura até o fim do ano, como sugestão para balizar políticas públicas. Outras administrações municipais, o Estado e a União também terão acesso ao documento.   A necessidade de investimentos em conscientização ambiental é um dos pontos mais evidentes, defende o engenheiro agrônomo Gustavo Freitas, um dos especialistas convidados a participar de debates promovidos pelo Crea. “O tema poderia ser introduzido ao currículo escolar, em um longo trabalho de formação cidadã”, diz ele.   Ainda no quesito “meio ambiente”, a universalização da coleta seletiva, hoje disponível a apenas 30 bairros, é apontada como essencial, assim como uma fiscalização mais rígida em relação à destinação dos resíduos da construção civil. “O lixo produzido deveria ir para usinas de reciclagem, que fazem a seleção e até reaproveitam materiais como brita, areia e azulejo”, afirma Freitas.   Trânsito   Uma cidade de “alto padrão” também precisa ser pautada por um projeto de desenvolvimento urbano capaz de garantir fluidez no trânsito, e a longo prazo. Na semana passada, o Hoje em Dia mostrou que intervenções caras, como a construção de pontes, ficam obsoletas em menos de seis meses, pois são mal dimensionadas em relação ao constante aumento da frota.   “As avenidas estão engarrafadas. A sincronização dos semáforos e a especificação de horários para carga e descarga nos grandes corredores urbanos ajudariam a dar mais fluidez ao trânsito”, aponta o arquiteto e urbanista José Abílio Belo Pereira.   Ele cita, ainda, a necessidade de que as futuras obras públicas sejam melhor elaboradas. “Hoje, leva-se seis meses para aprovar um projeto e dois anos para fazer uma obra. O ideal seria despender mais tempo na primeira etapa, eliminando o máximo de erros, para que a obra seja feita mais rapidamente, atendendo à demanda da população”. 



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