Cresce o número de estudantes que investem em intercâmbio

Raquel Ramos - Hoje em Dia
27/12/2014 às 07:45.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:29
 (Divulgação)

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Conhecer um novo país e, de quebra, aprender um idioma, descobrir uma cultura diferente e crescer pessoal e profissionalmente. Não é à toa que cada vez mais pessoas se arriscam a passar uma temporada no exterior. Afinal, com tantos benefícios, os intercâmbios já são vistos como uma experiência quase que obrigatória para quem busca uma carreira de sucesso.   Canadá, Estados Unidos e o Reino Unido são os destinos mais procurados pelos viajantes mineiros, afirma Flávia Werneck, diretora da Master Intercâmbio. Para ela, o salto no número de pessoas que fazem as malas para estudar em terras estrangeiras pode ser atribuído, sobretudo, à ascensão da economia brasileira nos últimos anos.   “Isso não apenas permitiu que mais gente pudesse pagar por uma viagem, como também tornou o mercado mais competitivo. O domínio de um idioma, aliado a uma experiência internacional, podem colocar o profissional um passo à frente do concorrente na hora de procurar uma vaga de trabalho”.   As vantagens não param no currículo diferenciado, ressalta Flávia. Quem tem que se virar em um país distante também ganha amadurecimento e uma nova visão de mundo – bagagens que poucas experiências proporcionam.   Com 26 anos, a advogada Sara Carvalho Matanzaz sabe muito bem disso. Por duas vezes, deixou a terra natal rumo ao exterior. A primeira temporada, em 2007, foi na cidade Red River, nos Estados Unidos. Em quatro meses, aprimorou o inglês e, de brinde, ganhou dinheiro com um trabalho temporário.   Em 2012, repetiu a experiência, mas se aventurando, dessa vez, em Portugal. “Queria fazer mestrado, mas para conseguir uma vaga na UFMG é preciso estar muito envolvido com pesquisas”. Na Universidade de Coimbra – uma das instituições mais renomadas na área de Direito – encontrou as portas abertas.   “Em um ano, frequentei as aulas da pós-graduação e ainda consegui fazer a dissertação sobre fraudes bancárias”, conta. Para bancar as despesas, utilizou a internet para trabalhar à distância: por e-mail, recebia os processos, fazia a defesa e enviava as peças de volta.   Terceira idade   Engana-se quem pensa que intercâmbios só beneficia os jovens. Flávia Werneck ressalta que as agências já estão prontas para atender às demandas das pessoas com mais de 60 anos, que também têm buscado uma experiência internacional. A diferença, explica, é que as viagens costumam ser mais curtas e, as hospedagens, em locais mais confortáveis.   O casal Maria José Lobato Fonseca e Rosalvo Fonseca, ambos de 60 anos, voltou recentemente de uma viagem dedicada aos estudos nos Estados Unidos. “Aproveitamos o período da Copa do Mundo, quando os preços estavam mais em conta, para desenvolvermos o inglês. Eram quatro horas de aula pela manhã e atividades culturais ao longo da tarde”, lembra Maria José.   Satisfeita com a experiência que durou pouco mais de um mês, ela planeja, agora, uma viagem à Europa para aprimorar o francês. “Aprendizado nunca é demais, independentemente da idade”.

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