Uma menina de um ano e um mês foi espancada até a morte na madrugada desta segunda-feira (27), na periferia de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. O fato ocorreu no bairro Chiquinho Guimarães, na região Sul da cidade, e o pai Maicon Douglas Duarte Costa, conhecido como Cigano, é o principal suspeito das agressões. Ele teria usado um chinelo para agredir a filha. O colchão e roupas da criança e a frauda foram recolhidos pela perícia e estavam sujos de sangue. O corpo da menor foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML), onde foi constatado que quatro costelas da menina foram quebradas. A criança ainda sofreu múltiplas lacerações de baço e fígado, perfuração do pulmão esquerdo, traumatismo craneoencefálico, hemorragia interna e hematomas na cabeça, rosto e corpo. O suspeito foi preso em flagrante e responderá pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena para este tipo de crime varia entre 12 a 30 anos de prisão. Em sua defesa, o acusado, que estava bastante agitado, não demonstrou arrependimento e falou que não estava nem aí para a filha. “Não quero saber de criança nenhuma. Não estou nem aí”, gritava o pai. Maicon Douglas Duarte Costa já tem outras passagens policiais, inclusive por assalto e furto. Ele estava solto há menos de um mês. Douglas também confessou ser usuário de drogas. O crime Durante patrulhamento de rotina na madrugada, uma viatura da Polícia Militar foi parada pelo pai que carregava a filha S. G. de J., e explicou aos policiais que ela teria caído da cama. Levada ao Hospital Universitário, a criança há chegou sem vida. A médica plantonista suspeitou dos hematomas pelo corpo da garota e denunciou o caso a Polícia Militar. A PM então foi até a casa do suspeito e lá, depois de conversar com a mãe da criança, A. M. S. de J., de 15 anos, teria confessado que o pai espancou a filha até a morte com o chinelo porque a menina chorava bastante e ele teria acordado e se irritado com o choro da filha. “A mãe contou que tem nada pode fazer, pois o pai era muito violento e agressivo. Ele já teria batido na criança outras vezes quando ela chorava, além de espancar a companheira constantemente”, contou Marco Anderson, delegado plantonista da Delegacia Civil. Segundo o conselheiro tutelar Lucas Arruda, a mãe da menina será encaminhada para atendimento psicológico no CREAS e, possivelmente, receberá atendimento de proteção à testemunha e às vítimas da violência.