Crianças mortas pela mãe são enterradas em João Monlevade

Hoje em Dia
13/01/2015 às 10:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:39

Sob forte comoção popular, as duas meninas que foram assassinadas possivelmente pela mãe foram enterradas, na manhã desta terça-feira (13), no Cemitério do Baú, em João Monlevade, região Central de Minas. O sepultamento das crianças, de 10 meses e de 4 anos, ocorreu às 8 horas. Parentes e amigos das vítimas participaram da cerimônia fúnebre.   Elas foram encontradas mortas em um quarto de motel, em Itabira, região Central do Estado, na noite de domingo (11). A principal suspeita do crime é a mãe das vítimas, Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, que foi achada enforcada. O enterro da mulher ocorreu na segunda-feira (12), em Barão de Cocais, na mesma região.   Laudo da necropsia realizado nos corpos das crianças revelou que Anna Sofia Marques Teixeira, de 10 meses, e Maria Fernanda Marques Teixeira Batista, de 4 anos, morreram por asfixia. Elas não foram esganadas e não possuíam marcas no pescoço que indique o enforcamento. O caso está sendo investigado, mas a Polícia Civil acredita que a mãe teria usado um objeto macio, como travesseiro, para matar as filhas.   Depois de assassinar as duas, a mulher teria se enforcado. Ela foi encontrada pendurada em um suporte de toalha. No quarto, os peritos localizaram uma seringa, mas sem agulha. A perícia encontrou também no carro da suspeita um vidro do medicamento Clonazepam (calmante), de solução oral. Um exame toxicológico foi pedido com o intuito de descobrir se Ana Flávia injetou o medicamento nas meninas.   O crime   A tragédia foi descoberta, no domingo (11), após funcionários do motel, localizado em Itabira, chamarem pela vítima no quarto. Como a mulher não atendeu ao chamado, a chave reserva foi usada para abrir o espaço. Por debaixo da porta, os funcionários viram um pé roxo. Ao entrar no quarto, as crianças estavam sem vida sobre a cama e Ana Flávia estava enforcada e pendurada em um suporte de toalha.   No quarto do estabelecimento, além das vítimas, peritos encontram um bilhete com os dizeres: "Meu ex-marido acabou com minha vida e das minhas filhas". Um áudio gravado por Ana Flávia, em que ela diz que sofreu ameaças do ex-marido, está sendo analisado. “E gente, não tenha dúvidas que eu amo as minhas filhas. O **** (pai) acabou com a minha vida. A família dele acabou com a minha vida. Eu recebia ameaças o tempo inteiro. Que eles iriam colocar minhas famílias contra mim”, afirmou a mulher na mensagem de voz.   A motivação do crime está sendo investigada pela Polícia Civil, mas as apurações indicam que a mulher havia se separado recentemente e perdido a guarda da filha mais nova. Desde dezembro, ela estava desaparecida com as crianças. Por isso, a polícia acredita em crime passional.

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