Criminosos envolvidos com o PCC são presos em Minas Gerais

Malú Damázio
19/03/2019 às 12:21.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:52
 (Malú Damázio)

(Malú Damázio)

Criminosos ligados à facção ete foram presas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Foram expedidos 25 mandados de prisão e outros 30 de busca e apreensão em seis cidades mineiras para identificar e desarticular os chefes do grupo. Eles são responsáveis por emitir os “salves” - ordens que orientam o funcionamento do PCC. Ao todo, 2.227 pessoas integram o grupo no Estado. 

A maior parte dos chefes mineiros estava dentro dos presídios, mas encarcerados por outros crimes. Oito detentos foram deslocados da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para o Departamento Estadual de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), na Pampulha, em BH, para prestar depoimento na manhã desta terça. 

Processo

As investigações tiveram início em junho de 2018, quando uma série de ataques a ônibus em todo o Estado foi registrada. Na época, foram presos os incendiários dos coletivos, mas não os chefes da facção. 

A ideia da operação, batizada de Hefesto, em referência ao nome do deus grego do fogo, é garantir a desarticulação dos chefes da organização em Minas. Além de tráfico de drogas, ataques a ônibus e a caixas eletrônicos, o PCC também é responsável por roubos e homicídios. 

Outras etapas da operação interestadual Efesto ainda serão deflagradas ao longo do ano, explica o delegado Marcus Vinícius Leite. “Essa é apenas a primeira fase da nossa tentativa de total desarticulação do PCC em Minas. Sabemos que a organização tem muitos líderes dentro dos presídios e queremos afastá-los porque a presença deles ajuda a difundir a ideologia da facção criminosa no sistema prisional”. 

O objetivo é transferir os 12 integrantes que já estão presos em unidades de segurança máxima do Estado para o sistema penitenciário federal. A Polícia Civil afirma já ter pedido judicialmente a mudança e aguarda decisão. 

Embora o PCC seja uma das maiores organizações criminosas do país, o delegado garante que ela tem papel coadjuvante em Minas. “A facção tem mais representantes no Sul e no Triângulo Mineiro. Estamos trabalhando justamente para que ela não cresça e seja eliminada do Estado”, afirma. 

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