(MAURICIO VIEIRA)
Aprender práticas de saúde, vivenciar o dia a dia da profissão e, ao mesmo tempo, oferecer serviços de cuidados básicos à comunidade. Esses são os diferenciais da graduação em enfermagem das Faculdades Kennedy. O curso é oferecido em duas unidades, no São Lucas e no Prado, em Belo Horizonte. Ambas são equipadas com laboratórios multidisciplinares.
Logo no primeiro semestre, os estudantes participam das primeiras atividades de saúde pública. Em iniciativas voluntárias voltadas para a sociedade, chamadas de Ações Promove, os alunos fazem medições de pressão arterial e de glicemia capilar da população, sob a supervisão de professores.
“São atendimentos simples, mas, além da realização dessas práticas, eles dão um retorno social com orientações de saúde para a comunidade”, explica a coordenadora do curso, Débora Cristine Gomes Pinto.
Diagnósticos
“Muitas pessoas nos procuram sem saber que são diabéticos ou hipertensos e descobrem nos atendimentos. As doenças cardiovasculares e cerebrovasculares são as que mais matam no mundo”, diz Débora Cristine.
Ela reforça que, quando essas enfermidades são controladas de maneira precoce, os riscos diminuem. “Com o diagnóstico, os alunos aprendem a orientar a população e também a fazer o encaminhamento para o centro médico”.
Aluna do terceiro período, Denise de Sousa, de 21 anos, já participou de três atendimentos. Para ela, a atividade é essencial aos estudantes que ingressaram na graduação há pouco tempo, justamente pelo contato direto com os pacientes. “Nós já vamos aprendendo como atender e como conduzir esse processo com as pessoas”.
O currículo com forte enfoque na prática, no entanto, não deixa a teoria de lado. Conforme a coordenadora do curso, o bom embasamento acadêmico é um dos pontos de destaque da graduação.
“Para que o aluno tenha a melhor prática, ele precisa ter a melhor teoria. A prática de enfermagem não pode ser feita com base no achismo, por isso, o ensino em sala de aula é fundamental”, acrescenta Débora Cristine.
Despertar o interesse dos alunos para a pesquisa também é um diferencial. Professores mestres e doutores orientam trabalhos de iniciação científica dos estudantes interessados. Além disso, há duas disciplinas de trabalho de conclusão de curso, em que os alunos treinam a produção de artigos acadêmicos.
Graduação contará com uma clínica-escola
Para motivar o trabalho multidisciplinar com outros futuros profissionais de saúde, Débora conta que o curso ganhará uma clínica-escola até o início de 2018.
Nela, estudantes de enfermagem, nutrição e estética e cosmética – supervisionados por professores – atenderão gratuitamente a população. A iniciativa permitirá que os alunos possam aprofundar estudos e prática na área de saúde.
Viviane de Moura, aluna do 3º período, ficou empolgada com a novidade. “Será ótimo. Teremos mais uma oportunidade de sabermos lidar com os pacientes. É muito importante aprendermos a falar com eles, a ouvi-los. Teremos mais responsabilidades e poderemos ajudar mais pessoas”, diz.
Além da clínica, os estudantes também poderão praticar os conhecimentos aprendidos em sala de aula em centros de saúde e unidades de creche na capital e na região metropolitana, que são parceiras das Faculdades Kennedy.
Os hospitais serão um novo campo de estágio para que os graduandos possam expandir a área de atuação ao ingressarem no mercado de trabalho.
“Estamos montando novas parcerias com instituições da capital. Os alunos terão contato com a clínica médica, a central de esterilização de materiais e até com o centro de terapia intensiva”, afirma a coordenadora do curso.