Curso superior é diferencial para jovens conquistarem vaga de emprego

Bruno Inácio*
15/07/2019 às 20:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:33
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Oito a cada dez jovens de 18 a 24 anos estão fora das universidades em Minas, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os números lançam um alerta, vez que essa é a idade referência para a entrada no mercado de trabalho. Porém, no Estado, 11,2% da população está desempregada, sendo um terço dessa faixa etária.

Sem diploma em um curso superior, quem busca uma vaga acaba “invisível” para o empregador que procura um profissional cada vez mais capacitado, garantem especialistas. “Para o mercado, essa pessoa não vale”, afirma Armando Sérgio de Aguiar Filho, doutor em gestão do conhecimento e coordenador do Núcleo de Avaliação, Qualidade e Estratégia (NAQUE) das Faculdades Promove, em Belo Horizonte.

A graduação sempre será apontada como um facilitador para a contratação. Atualmente, em um cenário de orçamento apertado para muitas famílias, os estudantes contam com alternativas para obter subsídios na hora de entrar em uma faculdade e aprimorar o conhecimento.

“Programas de bolsas das próprias universidades ou de financiamento do governo, como ProUni (Programa Universidade para Todo) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), são opções. É preciso ficar atento, principalmente no início dos semestres, quando as inscrições são abertas”, orienta Thiago Kuta, especialista em gestão de pessoas e consultor de duas das maiores agências de recrutamento do Brasil.

Cerca de 11% dos mineiros estão desempregados, conforme o IBGE; um terço desse índice refere-se a pessoas de 18 a 24 anos

Portas abertas

Uma vez matriculado no ensino superior, o aluno tem oportunidades ampliadas. É o que acredita Bruna Luiza Alves Marcos, de 22 anos, que entrou para o curso de Engenharia Civil nas Faculdades Kennedy, em Belo Horizonte, graças a uma bolsa do ProUni.

“Estudar numa instituição de ensino superior me ajuda na busca por emprego. Na graduação, aprendo desde a fundação até o acabamento, o projeto, a execução das obras. É um diferencial”, avalia a jovem.

Segundo semestre

Os estudantes que tentaram vaga em faculdades por meio de programas ofertados pelo governo federal, no primeiro semestre, devem ficar atentos. Há chance de ir para a sala de aula ainda neste ano. Quem se inscreveu para o ProUni tem até hoje para aderir à lista de espera. Podem participar os candidatos que não foram escolhidos na primeira opção de curso feita na hora do cadastro em nenhuma das duas chamadas regulares. A relação dos universitários na lista de espera será divulgada na próxima quinta-feira.

Convocação

Já os alunos que não foram pré-selecionados na chamada regular do Fies podem, até 23 de agosto, ser contemplados com o financiamento. Esses candidatos foram inscritos automaticamente na lista de espera, que visa a preencher as vagas não ocupadas.

No entanto, para não perder a chance, é preciso acompanhar o site fies.mec.gov.br. A convocação será feita pela plataforma on-line e, caso o aluno seja pré-selecionado, terá que complementar a inscrição em até três dias úteis. A relação vale apenas para quem optou pela modalidade juro zero.

Processos

O Fies é ofertado por meio de duas modalidades. A de financiamento com juro zero é voltada a candidatos com renda familiar mensal bruta por pessoa de até três salários mínimos. Nessa opção, a segunda edição do programa em 2019 oferece 46,6 mil vagas em 1.756 instituições de ensino privadas de todo o país.

Já a P-Fies destina-se a estudantes com renda familiar mensal bruta por pessoa de até cinco salários mínimos, mas não tem lista de espera. Para concorrer ao financiamento, é preciso ter feito qualquer uma das últimas dez edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tirado nota igual ou maior que 450 pontos nas questões e não ter zerado a redação.

ProUni

Podem participar do Programa Universidade para Todos (ProUni) quem não tem diploma de nível superior e tenha feito o Enem 2018, além de ter estudado o ensino médio completo em escola pública ou como bolsita em colégio particular. São concedidas bolsas integrais (para estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo) e parciais (renda familiar bruta per capita de até três salários mínimos).

Ao todo, serão ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 vagas em instituições particulares de ensino superior.

*Com Agência Brasil

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