Delegado muda versão da PM sobre estupro e morte de criança em Leopoldina

Hoje em Dia
28/09/2015 às 16:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:53

Continuam as buscas pelo suspeito de estuprar e matar uma menina de 4 anos, em Leopoldina, na Zona da Mata. A vítima foi raptada de sua casa na madrugada de sábado (26) e foi encontrada em um matagal. Um inquérito para investigar o caso foi aberto pela Polícia Civil (PC). Nesta segunda-feira (28), a corporação ouviu a mãe da criança, pessoas que encontram o corpo e uma testemunha que teria visto o suposto autor do crime sair do matagal.

De acordo com o delegado André Luís Dias Lima, responsável pela investigação do caso, o pedido de prisão do suspeito, de 31 anos, já foi realizado. A princípio, ele não teria nenhuma passagem pela polícia. "Acreditamos que o suspeito ainda esteja por perto, na zona rural de Leopoldina. Por isto, se alguém avistar algum estranho nas redondezas deve informar a polícia", afirma Lima.

O laudo que foi feito no corpo da criança deverá ficar pronto ainda nesta segunda-feira. Contudo, Lima diz que já foi confirmado que a menina morreu por asfixia mecânica e foi abusada sexualmente.


Delegado muda versão apresentada pela PM
O delegado conta, que na madrugada de sábado, um homem teria invadido a casa da família e levado a criança. Apenas a irmã da vítima, que tem 8 anos, teria visto o suspeito. “Por medo, a irmã da vítima se escondeu”, diz Lima. Segundo ele, o suspeito não tem parentesco e tampouco era próximo da família da menina.

A Polícia Militar (PM), no entanto, conta outra versão. De acordo com os militares, o suspeito é ex-padrasto da vítima. Conforme a corporação, a mãe da menina tinha ido a um bar, na noite de sexta-feira (25), onde também estava o ex-marido. Pouco após a meia-noite, a mulher, que tem 26 anos, pediu ao antigo companheiro que a acompanhasse até a residência dela, alegando que teria de passar por uma região escura e perigosa.

Conforme a PM, quando a mulher acordou, por volta das 6h de sábado, não encontrou a filha mais nova, de 4 anos. Em seguida, ela teria acionado a PM. Aos militares, a filha mais velha, que tem 8 anos, afirmou que, logo após a mãe se deitar, o ex-marido dela entrou na residência e levou a irmã mais nova. Na casa do suspeito, a atual companheira confirmou que ele chegou 1h, aproximadamente e, depois, saiu às 6h. A roupa com a qual ele chegou estava com manchas semelhantes a sangue, segundo a PM, que apreendeu a vestimenta.

Questionado sobre a versão da PM, o delegado Lima disse que estas informações não condizem com a realidade dos fatos apurados até o momento.

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