(Leonardo Morais)
Denúncias relativas aos serviços de saúde aumentaram 148% em Minas no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A Ouvidoria do Estado contabilizou 246 casos entre janeiro e março, ante 99 nos primeiros meses de 2014.
As denúncias mais frequentes dizem respeito à má gestão, com 57 ocorrências, além do não pagamento de benefícios (33).
No quesito gestão, estão englobadas falhas relativas a falta de profissionais, insatisfação com atendimento, dificuldade de acesso porque o horário de funcionamento era inadequado, recusa em atender o paciente e carências provocadas por greve de servidores.
De acordo com a assessoria de imprensa da Ouvidoria de Saúde, se computadas as manifestações de forma geral, incluindo reclamações, sugestões, informações, elogios, críticas, dentre outros assuntos, o aumento é de 54%, comparando o primeiro trimestre de 2015 com igual período do ano passado.
O ouvidor-geral Fábio Caldeira diz que o aumento da demanda é natural e ocorre porque o órgão está se tornando mais conhecido da população. “Nós sempre estamos procurando divulgar mais, estamos enfatizando e fortalecendo este trabalho de divulgação. Quanto mais as pessoas ficam sabendo, mais acessam nosso serviço”.
Drama
Depois de vencer um câncer de mama em 2008, a ex-bancária Marly Matias de Assunção Narciso, de 53 anos, ficou mais antenada às mudanças em seu corpo e dá mais atenção à prevenção. No entanto, não consegue fazer duas ressonâncias indicadas pelo médico para identificar as fortes dores na perna esquerda e na coluna. “Com o meu histórico, não posso esperar seis meses. Vou ter que pagar R$ 522 por exame”, lamenta.
“Nunca tem agenda vaga. Gostaria de ter os meus direitos de cidadã assegurados”.