Depois de delatar "Bola", goleiro se recusa a responder perguntas de advogado do suposto assassino

Renata Evangelista - Hoje em Dia
06/03/2013 às 18:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:38
 (Marcelo Albert)

(Marcelo Albert)

O goleiro Bruno Fernandes de Souza se recusou a responder as perguntas feitas por seu ex-defensor e atual advogado de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", Ércio Quaresma. Além dele, o réu também não respondeu as indagações do promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro. Minutos antes dos questionamentos, o atleta admitiu, pela primeira vez, que foi "Bola", também conhecido como "Neném", que matou e esquartejou o corpo de sua ex-amante, a modelo Eliza Samudio. Em sua confissão, Bruno disse que não delatou o suposto assassino anteriormente por medo do homem.   Dentre as perguntas, Quaresma quis saber se Bruno confessou o crime e entregou o executor para ser beneficiado com a redução da pena. O advogado perguntou, ainda, se o goleiro tem televisão dentro de sua cela, na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, onde está preso desde 2010.

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  Depois de algumas perguntas feitas por Quaresma, Bruno deixou o plénario do Fórum de Contagem, onde é realizado o julgamento. Com isso, o defensor de "Bola" continuou seus questionamentos sem a presença do réu.

Pela leis brasileiras, o réu não é obrigado a permanecer no plenário durante o julgamento. Para a Justiça, a obrigatoriedade da presença do réu no espaço onde o julgamento é realizado é somente no momento da leitura da sentença.

Quaresma concluiu suas perguntas negando a existência do crime, mesmo tendo o réu confessado que Eliza foi executada pelo ex-policial civil. "Desejo ao Bruno a mesma coisa que desejo ao meu cliente. A absolvição de um crime que não houve".

Atualizada às 19h25

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