Derrame: ação rápida pode ajudar a prevenir sequelas do AVC

Michelle Maia - Hoje em Dia
15/04/2013 às 07:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:49

A cada seis segundos, uma pessoa morre vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O derrame, como é conhecido popularmente, é a primeira causa de óbito e incapacidade no Brasil.

O aumento no número de casos nos últimos anos preocupa médicos e profissionais da área da saúde, que afirmam: ter hábitos de vida saudáveis e estar atento aos sintomas são medidas que ajudam a evitar o mal e complicações dele.

Conforme a presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, Rosamaria Peixoto Guimarães, é essencial saber identificar os primeiros sinais do AVC.


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Em geral, é preciso observar se há alterações neurológicas súbitas, como déficit motor ou sensitivo unilateral e desvio de comissura labial. Na forma direta, as pessoas devem buscar socorro quando notam, em terceiros, dificuldade repentina para falar ou andar, perda de sensibilidade de um dos lados do corpo ou se a boca entortar. Apesar de ter apenas 31 anos, Érika Alves Vasconcelos sofreu um AVC há três meses, após chegar ao trabalho.

“Senti formigamento na mão esquerda e isso se estendeu para o corpo todo, no mesmo lado. Em seguida, veio a dormência, como se fosse uma anestesia”, lembra.

Érika pediu ajuda aos colegas, que a levaram para o hospital imediatamente. “Durante o atendimento, a neurologista identificou que poderia ser um AVC e fez novos testes. A partir daí, fiquei em observação, tomando medicamentos e passando por exames”, conta a jornalista, que não ficou com sequelas.

O professor Paulo Caramelli, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, reforça que a identificação precoce do derrame é fundamental para eliminar ou atenuar sequelas.

“Fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade, colesterol alto e sedentarismo podem, na maioria das vezes, ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis”, afirma.

Depois do susto, Érika abraçou um novo estilo de vida. Caminhar e pedalar agora fazem parte da rotina.
“Apesar de ser magra e ter boa pressão arterial, passei a observar mais minha alimentação. Tomo cuidado com sal, tenho uma dieta equilibrada e faço o controle médico periodicamente para evitar que aconteça de novo”.

 

                                          

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