Destroços de avião que caiu no rio Doce estão com a Polícia Federal

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
18/10/2015 às 12:00.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:06
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

Os destroços da aeronave que caiu no rio Doce em 2011 após ficar sem combustível e desaparecer nas águas barrentas do manancial em Governador Valadares, no Leste do Estado, já estão em poder da Polícia Federal (PF). Um inquérito investiga supostas irregularidades envolvendo a aeronave, entre elas a de ter sido clonada ou ser o clone. Na quarta-feira (14), um dia depois do avião ter sido encontrado por pescadores, a PF apreendeu um outro em Belo Horizonte com o mesmo prefixo (PT-ITI) da que estava no fundo do rio há quatro anos.
 
A PF também quer saber porque o então proprietário, José Carlos Araújo, que morreu dia 21 de agosto deste ano, vítima de câncer, comunicou à Força Aérea Brasileira (FAB), que a aeronave já havia sido retirada do rio, em 2012. Pelo menos é o que consta no Relatório Final sobre as investigações do suposto acidente e que está disponível no site do Cenipa (www.cenipa.aer.mil.br). De acordo com o documento, o acidente foi provocado por falta de combustível. O piloto era o único dentro da aeronave e saiu ileso.

Os destroços da aeronave começaram a ser removidos na quinta-feita (15). Primeiro ela se partiu ao meio e depois ficou presa às pedras e bancos de areia existentes no local onde caiu, próximo à Ponte do São Raimundo. Além da falta de logística e de experiência, os bombeiros tiveram que enfrentar as altas temperaturas, locas e as pedras existentes dentro do rio. "Faltava experiência, afinal é a primeira vez que resgatamos uma aeronave dentro do rio", explica o tenente Ricardo Gonçalves.  O resgate foi concluído às 10 horas deste domingo (18).

Os destroços foram colocados em cima de um caminhão e levados para a sede da PF em Governador Valadares. Estão apreendidos. Pela forma como foram arrastados, não foi possível ver se trazem a inscrição "PT", como suspeita a PF. Uma outra parte da aeronave, resgatada neste sábado (17), trouxe a inscrição "ITI". O delegado que investiga o caso, Marcelo Xavier, acompanhou os trabalhos de resgate dos destroços, mas disse que só vai falar sobre o assunto ao final das investigações. O inquérito será concluido em 30 dias.

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