
Na live semanal que faz, para repassar informações diretas ao torcedor cruzeirense, o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, revelou no último dia 4 que devem ser necessários mais R$ 30 milhões para que o clube possa quitar seus débitos na Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) em 2020. Segundo a Polícia Civil, na Operação Primeiro Tempo, em seis tópicos investigados, o valor total calculado de desvios por ex-dirigentes do clube é próximo a um terço deste valor, pois chega a cerca de R$ 10 milhões com juros e correção monetária.
Quem deu essa informação foi o delegado Gustavo Xavier, da 2ª Delegacia Especializada na Investigação de Fraudes, em coletiva da Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (11), sobre a investigação da gestão de 2018 e 2019 do Cruzeiro que terminou com o indiciamento de três ex-dirigentes, três empresários do meio do futebol e outro que trabalha com EPIs.
“É preciso ter muita cautela em relação ao valor. A dívida do Cruzeiro é muito alta, mas não cabe à Polícia Civil fazer auditoria das contas do clube. O prejuízo provocado no que foi investigado nesta Operação Primeiro Tempo fica em torno de R$ 8,2 milhões, que corrigidos chega a R$ 10 milhões”, afirmou o delegado.
Gustavo Xavier destacou ainda que a dívida do Cruzeiro é fruto de má gestão. A esperança do torcedor de justiça, com os dirigentes que usaram o clube para condutas que estão no inquérito é grande, assim como a esperança de que esses valores possam ajudar na caótica situação financeira do clube.
O presidente Sérgio Santos Rodrigues sempre destacou a luta para que o clube possa recuperar tudo o que lhe foi tirado de forma irregular. Mas a fala do delegado evidencia também que o Cruzeiro precisa responsabilizar também as más gestões, que fizeram a dívida do clube, em uma década, salta de R$ 100 milhões para quase R$ 1 bilhão.
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