Detenta da Penitenciária Estevão Pinto, em BH, vence o Miss Prisional 2018

Lucas Simões
08/12/2018 às 19:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:28
 (Dirceu Aurélio/Seap)

(Dirceu Aurélio/Seap)

Em uma disputa envolvendo mais de 50 candidatas, Ingrid Suellen da Silva Dias, de 24 anos, foi eleita a Miss Prisional 2018, concurso promovido pela Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), com objetivo de incentivar a autoestima das detentas. A eleição foi realizada neste sábado (8), em festa promovida no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, no Horto, na região Leste de Belo Horizonte.

Ao todo, 53 mulheres de 26 unidades prisionais participaram do concurso. Na grande final, apenas seis concorreram à coroação. No segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, as representantes do Complexo Penitenciário de Ponte Nova (Vale do Rio Doce), Raíssa Ferreira, de 24 anos; e do Presídio de Eugenópolis (Zona da Mata), Aline de Matos Reis, de 31 anos.

Além das três vencedoras, também concorreram na grande final as detentas Whanis Bruna Costa Ferreira, de 20 anos, representando o Presídio de Iturama, no Triângulo Mineiro; e Kênia Assis Arantes, de 25 anos, representando a Penitenciária de Três Corações, no Sul de Minas.
​Dirceu Aurélio/Seap / N/A

Thaís Camargo foi eleita a Miss Trans

Após receber a faixa de premiação da própria mãe, Ingrid Suellen, que cumpre pena na Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte, agradeceu à iniciativa da Seap. "É muito bom saber que tem alguém que acredita em mim e, independente de eu estar aqui, presa, sabe quem eu sou e confia em mim”, disse Ingred.

Cerca de 300 convidados acompanharam a final do concurso, entre juízes, promotores, advogados e familiares das detentas presas. As finalistas desfilaram em traje casual e também em traje de gala. A cantora Aline Calixto, uma das juradas, fez uma participação musical especial ao final da festa.

Trans e Gestante
Nesta edição do projeto a presença de uma mulher trans celebrou a diversidade. Thaís Camargo foi eleita a Miss Trans do sistema prisional e mostrou ao público que o respeito às escolhas individuais deve prevalecer. Firme e empoderada, a trans disse que rompeu barreiras e que “estar na passarela representa uma grande conquista pessoal, pois muito mais pode estar por vir”. Shaydelman Franciele de Oliveira foi quem representou as detentas gestantes que cumprem pena no sistema prisional. 



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