Dez barragens da Vale estão em nível de emergência, sendo quatro em situação de ruptura iminente

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
01/10/2020 às 16:33.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:41
 (Divulgação/Vale)

(Divulgação/Vale)

Dez barragens em nível de emergência, sendo quatro delas em situação de ruptura iminente em Minas Gerais. Os dados fazem parte da última atualização feita pela Vale, nesta quinta-feira (1).

De acordo com as informações divulgadas, as quatro que estão em situação mais grave – nível 3 – são B3/B4, em Macacos, Forquilha I e Forquilha III, em Ouro Preto, e Sul Superior, em Barão de Cocais.

Segundo a Vale, nove barragens de rejeitos e de sedimentos “continuam sem DCEs positivas, com respectivas Zonas de Autossalvamento (ZAS) evacuadas”. Além delas, “a barragem Xingu teve seu nível de emergência elevado de 1 para 2 em 29 de setembro de 2020. Originalmente classificada como empilhamento drenado, a estrutura foi reclassificada como barragem de rejeitos com método de alteamento a montante em setembro de 2020”.

É considerado barragem em nível 2 quando o resultado das ações adotadas para corrigir uma anomalia é classificado como "não controlada" ou "não extinta", necessitando de novas inspeções especiais e intervenções. As em nível 3 são barragens em situação de ruptura iminente ou em curso.

Avaliações

Ainda segundo a Vale, das 104 estruturas avaliadas, 23 estão em nível 1 de emergência. “Estruturas sem DCEs positivas, das quais, considerando as estruturas apontadas em comunicado de 1º de abril de 2020: (a) 15 mantiveram o nível de emergência; (b) 1 estrutura (Barragem VI) teve a respectiva emissão de DCE positiva, em processo de formalização de redução de nível de emergência; (c) 1 estrutura (Xingu) teve nível de emergência elevado a 2; (d) 5 estruturas perderam DCEs positivas, nos meses subsequentes à divulgação de abril[2]; (e) 3 estruturas, avaliadas pela primeira vez em 2020, não receberam DCEs positivas[3]”.

Em outra parte da nota sobre as atualizações, a Vale informou estar trabalhando na implantação do Padrão Global da Indústria de Gestão de Rejeitos, em conjunto com seu novo TMS (em português, Sistema de Gestão de Barragens), com o objetivo de melhorar padrões de segurança das estruturas de armazenamento de rejeitos. 

“Avaliações detalhadas estão em curso, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2021, quando devem estar disponíveis um protocolo de conformidade e documento de orientação, ambos em elaboração pelo ICMM. A Vale reforça seu compromisso com a segurança, a transparência e a adoção das melhores práticas na gestão de suas instalações de rejeitos. A Vale reitera que sua prioridade é a segurança das pessoas e comunidades a jusante de suas operações, e de todas as suas estruturas”, diz em parte da nota publicada.Divulgação/Vale

No dia 25 de janeiro de 2019, a Barragem I, na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu

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