Disciplina de programação desenvolve raciocínio do aluno

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
17/08/2016 às 20:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:25
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Em um mundo cada vez mais digitalizado, saber os conceitos básicos de um computador não será garantia de emprego. Para educadores e especialistas na área de tecnologia, o futuro reserva a necessidade de dominar as ferramentas digitais. E para solucionar essa equação, a inclusão do ensino de programação nas escolas – tendência em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos – inicia os primeiros passos no Brasil.

A disciplina é capaz de ajudar estudantes a desenvolver habilidades em matemática, inglês e raciocínio lógico. “Programação é uma linguagem, como é o inglês. Você aprende a falar com o computador, mas ele demanda um caminho, no qual é ensinada a parte lógica. O aluno se torna mais ágil e crítico”, avalia Jussara Almeida, professora do curso de ciências da computação da UFMG.

Conforme Jussara, essa é tendência que veio para ficar. Ela argumenta, porém, que o objetivo central não pode ser formar programadores, mas dar possibilidades para que a criança desenvolva habilidades cognitivas.

Na capital

De olho neste potencial, a Fundação Torino, escola italiana com sede em Belo Horizonte, é desde a semana passada a primeira instituição do país a incluir a disciplina programação na grade curricular. As aulas serão integradas ao conteúdo programático para crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos.

Segundo a professora da Fundação Ana Márcia Abreu diz que a ideia é usar as habilidades da programação para desenvolver o raciocínio lógico e tornar o aluno parte do conteúdo que aprende nas disciplinas tradicionais. “Como a programação envolve tomada de decisões, isso habilita o estudante a resolver problemas de matemática, de lógica, de ciências”.

Quem começa a ter contato com a disciplina aprova a iniciativa e quer logo aprender como funciona a programação. É o caso do estudante Vitor Varela, de 13 anos, que desde criança gosta de livros de aventura. Até os 10, não teve contato com computador, algo incomum para a geração dele.

Porém, ao ganhar o primeiro notebook, se interessou logo por jogos de ação e decidiu: queria criar um game que unisse a imaginação para histórias proporcionada pelo que lia e a interação que o digital permitia. “As ideias foram surgindo e anotei tudo porque queria desenvolvê-las no futuro, quando soubesse como fazer”, conta.

Dois anos mais nova que o colega, Licia Costa conta que sempre teve contato com o computador e está animada com as aulas. “A tecnologia vai ser muito útil. Se souber como funciona, vai me ajudar em qualquer área no futuro”.

ócio da Buddys Escola de Tecnologia)

Método lúdico

Em Belo Horizonte, a Buddys Escola de Tecnologia é referência no assunto. Fundada em 2015, a instituição tem 170 alunos matriculados e também realiza eventos a pedido de colégios.

Segundo um dos sócios, o programador Matheus Farley, o desenvolvimento é rápido e a metodologia lúdica torna possível a qualquer criança começar na área. “Vemos meninos de 13, 14 anos conseguindo programar coisas que só se vê na universidade”.

Com Igor Patrick
 

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