Distribuidoras de cigarros em BH são alvo de operação da Receita Estadual

Da Redação
23/04/2019 às 15:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:21
 (Divulgação/SEF)

(Divulgação/SEF)

Oito distribuidoras de cigarros em Belo Horizonte foram alvo de uma operação de combate à sonegação fiscal nesta terça-feira (23). Somadas, as fraudes cometidas pelos estabelecimentos podem chegar a R$ 20 milhões em impostos que deixaram de ser recolhidos para o Estado de Minas Gerais, nos últimos quatro anos.

Embora as distribuidoras concorressem entre si, utilizavam o mesmo esquema para sonegar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A fraude consistia em "iludir" os seus clientes - outras distribuidoras ou revendedores -, informando na documentação fiscal que o imposto já havia sido recolhido anteriormente, sem que nunca tenham feito o pagamento ao Fisco. 

Para chegar aos responsáveis pela fraude, a Receita Estadual utilizou ferramentas de tecnologia, rastreando eletronicamente as operações comerciais dos alvos e conferindo o pagamento dos impostos, o que acendeu o alerta sobre as práticas desleais.
 
As investigações promovidas pela Delegacia Fiscal de Belo Horizonte - órgão da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) -, além de comprovar os indícios, identificaram a incompatibilidade do porte dos estabelecimentos e do volume de mercadorias comercializadas. 

O delegado fiscal de Belo Horizonte, Marcial Melo, conta que a ação desta terça-feira é um desdobramento da operação Cinturão, desencadeada no dia 29 de março deste ano. As investigações foram desenvolvidas a partir dos primeiros indícios levantados naquela operação. "Somente com trabalho persistente conseguimos resultados como o de hoje. O combate à sonegação, a recuperação dos impostos subtraídos da sociedade e a promoção da concorrência leal são deveres da Receita Estadual", afirma.

Auditores fiscais da Receita Estadual e policiais militares realizaram busca e apreensão de mercadorias e documentos nos bairros Cachoeirinha, Caiçara, Candelária, Olhos D'Água, Renascença e Tirol. 

As buscas e apreensões nos oito estabelecimentos identificaram mercadorias em estoque sem documentos fiscais, o que já configura crime contra a ordem tributária. O material apreendido também contribui para obtenção de novas provas para a constituição das ações penais pelas condutas ilegais praticadas.

 
* Fonte: Agência Minas

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