Doença matou pelo menos oito fícus na Bernardo Monteiro

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
13/02/2014 às 09:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:59
 (Carlos Roberto)

(Carlos Roberto)

Um ano e meio após serem diagnosticados com uma praga mortal, os fícus da avenida Bernardo Monteiro, no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte, sucumbiram à contaminação pela mosca-branca. A prefeitura admitiu na última quarta-feira (12) que algumas árvores não resistiram à doença e estão mortas.

No local, a situação pode ser observada e confirmada em pelo menos oito exemplares que, após passarem por uma sequência de podas preventivas ao longo de um ano – desde fevereiro do ano passado, as árvores são podadas constantemente –, perderam suas copas e agora ostentam apenas seus largos e grossos troncos e galhos secos.

“Há árvores mortas lá sim e, por questão de um acordo com os movimentos populares, nós as estamos mantendo desde que não apresentem risco de queda”, confirmou a gerente de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Márcia Mourão, ressaltando que as árvores não serão suprimidas.

Em setembro do ano passado, porém, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte aprovou a proposta de revitalização da avenida Bernardo Monteiro. A ideia é reformar 350 metros da via, entre as avenidas Brasil e Alfredo Balena.

Como o projeto não está pronto, o custo, quem vai executar e os prazos da intervenção ainda não foram definidos. Qualquer alteração no espaço deve passar pelo crivo do órgão, já que no local há 51 fícus tombados.

CONTRA QUEDA

Há três dias, as árvores da Bernardo Monteiro vêm sendo podadas. O objetivo, de acordo com a prefeitura, é retirar os galhos com potencial risco de queda. No último dia 3, parte de um fícus afetado pela praga da mosca-branca caiu sobre dois carros que estavam estacionados na avenida. Ninguém ficou ferido.

Mesmo com a notícia de que a doença venceu algumas das árvores, segundo o coronel Alexandre Lucas Alves, a aplicação do óleo de Nim, utilizado no combate à doença, está mantida. Ele não soube informar, porém, com qual frequência o antídoto vem sendo colocado nas plantas. “O trabalho de tentar salvar os fícus não foi encerrado”, garantiu o chefe da Defesa Civil de BH.

Integrantes do movimento Fica Fícus criticam a postura da prefeitura. “Continuamos afirmando que não estão tirando apenas os galhos secos. Sempre consideramos as podas desnecessárias. Para nós, estão sempre cortando além da conta, aleijando as árvores. O inseticida também deixou de ser aplicado”, afirma Patrícia Caristo. 

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