Dois acusados de matar advogado no bairro Castelo, em 2013, estão no banco dos réus

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
10/05/2018 às 18:40.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:46

Já dura mais de nove horas, no Segundo Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, na Região Central de Belo Horizonte, o julgamento de dois, dos seis acusados de matar o advogado Jayme Eulálio de Oliveira, em outubro de 2013, no bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.

Estão no banco dos reus, Warley Miranda Oliveira e Gilmar Miranda. Eles e mais quatro pessoas fazem parte de facção criminosa composta por membros de duas famílias e a vítima era advogado deles.

Durante as argumentações preliminares, foi deferido pelo juiz o desmembramento do processo em relação a acusada Elaine Cardoso da Silva, que não foi julgada nesta quinta-feira (10). 

Das quatro testemunhas previstas para serem ouvidas antes do interrogatório dos réus, duas foram ouvidas na parte da manhã, são eles, um delegado e um detetive. A tarde, foi a vez de mais um delegado e um advogado.

Os réus permaneceram em silêncio durante o interrogatório e por volta de 17h o promotor Francisco Santiago iniciou os debates apresentando a tese da acusação para os jurados.

Segundo a assessoria do Fórum, a previsão é que a sentença seja proferida após as 23h.

As investigações da Polícia Civil concluíram que a motivação para o assassinato foi um assalto a um posto de gasolina, ocorrido no dia 10 de junho de 2013, em Ribeirão das Neves, na Região metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasião, o grupo criminoso teria roubado R$ 300 mil do estabelecimento, além de uma arma. Como advogado do bando, Jayme teria negociado o valor de R$ 100 mil para evitar a prisão dos envolvidos, mas o acordo serviu apenas como plano para conseguir o dinheiro.

Como não evitou a prisão dos clientes, um dos presos, liberado dias depois, passou a fazer ameaças contra Jayme para que ele devolvesse o dinheiro pago pela quadrilha. A vítima não teria levado a cobrança a sério e foi morta com mais de 30 tiros. 

No dia do crime, câmeras de vigilância do edifício onde a vítima morava e de prédios vizinhos registraram dois dois homens dentro de um Palio Weekend, de cor verde, estacionado em frente ao prédio do advogado. Por volta das 18h25, Jayme parou o Ford Fusion em frente à garagem do edifício. Ele foi morto por vários tiros de fuzil. 

Conforme a polícia, mais de 30 cápsulas de fuzil e de pistola calibre .40, ambas de uso restrito das Forças Armadas, foram recolhidas do local. As armas usadas na execução foram roubadas no 36º Batalhão da Polícia Militar, em Vespasiano, na Grande BH.

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