Dois pacientes com suspeita de superbactéria continuam internados em hospital de Montes Claros

Gabriela Sales - Hoje em Dia
03/02/2014 às 20:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:46
 (Fábio Marçal/Divulgação)

(Fábio Marçal/Divulgação)

Duas pessoas seguem internadas no Hospital Aroldo Tourinho, em Montes Claros, no Norte de Minas, com suspeita de contaminação da Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC). Outros quatro pacientes, que estavam sendo monitorados pela unidade de saúde sob suspeita de estarem “colonizados”, tiveram alta na semana passada.    Nesta segunda-feira (3), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou nota corrigindo o número de mortes em decorrência da superbactéria, passado de quatro para três óbitos. O último registro foi de um homem, na segunda quinzena do mês passado.    Segundo a administração do hospital, o quadro de contaminação na unidade de saúde está controlado. “Não houve nenhuma evolução no quadro dos pacientes e as medidas de segurança seguem normalmente”, disse o provedor do Hospital Aroldo Tourinho, Paulo César Almeida.    As contaminações aconteceram na ala de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital em novembro de 2013. Uma idosa e uma mulher tiveram complicações em decorrência da infecção e morreram. “Nenhuma morte foi causada exclusivamente pela bactéria. A KPC contribui para os óbitos de pacientes extremamente frágeis, com capacidade imunológica reduzida”, completou o provedor. A superbactéria atinge, principalmente, pacientes que estão com baixa imunidade.     Uma desinfecção foi realizada nas dependências do hospital para diminuir o risco de contagio em pacientes internos. “O controle de infecção está sendo feito na unidade através de vistorias e análises. Todo o trabalho está sendo realizado de forma permanente”, explicou a chefe da equipe de Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Gina Tanure da Cruz.    Agora, a unidade de saúde está investigando como a bactéria chegou ao hospital. A suspeita, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, é de que a KPC tenha contaminado pacientes em trânsito por outras unidades hospitalares.    A superbactéria    A superbactéria Klebsiella pneunoniae (KPC) faz parte da flora intestinal das pessoas e pode ser transmitida por meio do contato restrito a ambientes hospitalares. As complicações ocorrem somente em casos de pacientes com histórico de imunidade fragilizada.    Ao entrar na corrente sanguínea, a superbactéria pode causar febre alta, pneumonia e formação de secreção.    Para o tratamento são utilizados os chamados “remédios de segunda linha”, que são restritos ao uso hospitalar. 

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