Dono de boate em BH diz que fisiculturista traficava drogas no banheiro; acusados negam o crime

Rosiane Cunha*
29/04/2019 às 21:15.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:26
Fisiculturista Allan Guimarães Pontelo morreu dentro de boate em setembro de 2017 (Reprodução/Facebook)

Fisiculturista Allan Guimarães Pontelo morreu dentro de boate em setembro de 2017 (Reprodução/Facebook)

Três acusados de envolvimento no assassinato do fisiculturista Allan Pontelo, morto após ser espancado por seguranças dentro de uma boate  em Belo Horizonte, foram ouvidos em uma audiência nesta segunda-feira (29) no Fórum Lafayette. Um dos donos da casa de shows também prestou depoimento como testemunha. 

Na audiência, a terceira do processo, os trabalhos foram presididos pelo juiz do 1º Tribunal do Júri, Marcelo Rodrigues Fioravante. No total, cinco pessoas são acusadas do crime. Dos ouvidos, um está preso, outros dois estão em liberdade e são monitorados por tornozeleira eletrônica e os outros dois acusados estão foragidos.

Um segundo dono da boate também seria ouvido, mas não compareceu.

O crime foi no dia 2 setembro de 2017. Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, morreu após confusão numa boate da região Oeste da capital. 

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, Pontelo foi abordado por dois seguranças no banheiro da boate após uma denúncia de que estaria traficando drogas no local. Ele foi levado para uma área restrita e, de acordo com as investigações, se recusou a ser revistado e teria sido espancado até a morte. O laudo da necropsia revelou que ele foi asfixiado.

Em seu depoimento, o dono da boate afirmou que a vítima estava traficando entorpecentes dentro do estabelecimento, e que ele teria sido flagrado no banheiro com grande quantidade de droga. Ainda segundo o empresário, ao ser informado de que os seguranças chamariam a polícia, Allan teria iniciado a briga. O proprietário também explicou como é o trabalho da equipe de segurança e os procedimentos adotados em caso de brigas.

O primeiro réu a ser ouvido foi um segurança que estava foragido e foi preso em abril deste ano. Ele afirmou que frequentava a boate, pois tinha uma relação com uma mulher que trabalhava no local, e que, de vez em quando, prestava serviços de segurança no estabelecimento como autônomo. Ele afirmou ainda que não participou das agressões.

Em seguida foi a vez do coordenador de segurança da casa, que negou ter participado da abordagem e, ao tomar conhecimento da situação, afirma ter procurado o dono, que o informou do ocorrido. Ainda segundo esse coordenador, a boate tem um espaço destinado a esse tipo de situação, entretanto, Allan não foi levado para lá por ter resistido à abordagem.

O policial militar foi o último réu a ser ouvido. Ele afirmou que não estava na boate a trabalho e que estava na fila do banheiro no momento em que os seguranças abordaram Allan. Ele negou que estivesse armado e que teria sacado a arma para impedir que o público da boate se aproximasse da confusão. 

*Com informações do TJMG

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