Dono de lava-jato bate carro de cliente, faz comunicação falsa de crime e acaba preso em BH

Rosiane Cunha
16/10/2019 às 18:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:15

Um caso de falsa comunicação de crime terminou mal para o dono de um lava-jato, onde também funciona uma oficina mecânica, e o amigo dele na tarde desta quarta-feira (16), no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Segundo o boletim de ocorrência, os militares foram acionados para atender um chamado de roubo de um Honda Fit na rua Conde de Linhares, onde funciona o comércio. Um homem de 62 anos, que se identificou como mecânico terceirizado contou aos policiais que teria tirado o carro da garagem para estacioná-lo na rua, mas precisou fazer o retorno no quarteirão. 

Ainda segundo esse funcionário, ao reduzir a velocidade por causa de um quebra-molas, ele teria sido abordado por dois suspeitos em uma motocicleta. O garupa estaria armado, anunciou o assalto e assumiu a direção do veículo. Ele também disse que foi obrigado a passar para o banco do passageiro e foi mantido refém. Ainda segundo o homem, quando eles passavam pela avenida Olegário Maciel, o suspeito que dirigia o carro bateu em um caminhão e após o acidente, ele teria desembarcado e fugido na garupa da moto, que dava cobertura ao assalto.

O empregado teria assumido novamente a direção do carro e voltado para a oficina.

Toda essa confusão teria durado cerca de 40 minutos e foi relatada aos militares na presença do dono da oficina, de 37 anos.

O carro ficou bastante danificado no para-choque dianteiro, farol, para-lamas, retrovisor, para-brisa e pneu.

Desconfiados, os policiais pressionaram o dono do lava-jato que assumiu que tudo não passava de uma grande mentira. Ele relatou que dirigia o carro quando foi fechado por outro veículo e batido em um caminhão. Mas como estava com a carteira de habilitação cassada, teve medo do veículo ser rebocado e fugiu do local do acidente.

De volta ao lava-jato, ele ligou para o dono do carro e informou sobre o roubo e contou a mesma versão para um amigo, que se passou por empregado dele e se ofereceu para dizer que estava ao volante durante a batida para evitar que o dono da oficina tivesse problemas com a renovação da carteira.

Os dois foram detidos e assinaram um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e vão comparecer à Justiça. 


 

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