(Polícia Civil/Divulgação)
Uma vítima de sequestro relâmpago reconheceu os suspeitos de matar o soldado da Polícia Militar (PM) André Luiz Lucas Neves em Belo Horizonte. O crime aconteceu na última sexta-feira (16) no bairro Ouro Preto, região da Pampulha, e os presos foram apresentados pela Polícia Civil (PC) na última quarta-feira (21). Segundo a PC, um homem de 51 anos teria reconhecido a dupla após a divulgação de imagens de Wilson Guimarães Filho, de 25 anos, e José Henrique da Silva Bento, de 30, pela imprensa. Ele compareceu na manhã desta quinta-feira (22) à 6ª Delegacia Especializada em Homicídios Noroeste e apontou os dois como sendo responsáveis pelo sequestro relâmpago sofrido por ele em 30 de abril deste ano. Ainda conforme a Polícia Civil, o homem permaneceu por quatro horas como refém de três suspeitos. Entretanto, não teria reconhecido o terceiro envolvido. Ele contou ainda que foi submetido a tortura física e psicológica, recebendo socos e chutes pelo corpo. Com a violência dos golpes, chegou a ter três dentes quebrados. Na ocasião, os suspeitos teriam roubado um Citroen C4 e R$ 4 mil que estavam com a vítima. Além disso, o homem foi levado pelo trio a duas agências bancárias e foi forçado a sacar mais dinheiro. Eles também teriam tentado utilizar o cartão de crédito da vítima, mas não conseguiram. O homem relatou ainda que só foi liberado após simular estar passando mal. De acordo o delegado Rodrigo Bossi, que coordena as investigações do assassinato do soldado André Luiz, é possível que existam outras vítimas de Wilson e José Henrique. Ele ressalta ainda que é de extrema importância que todos procurem a Polícia Civil para denunciar os fatos e auxiliar na instrução do inquérito policial.
Entenda o caso Na noite da última sexta-feira (16),o soldado da PM André Luiz Lucas Neves foi baleado durante um assalto no bairro Ouro Preto, na Pampulha. Ele estava de folga, à paisana, com um amigo em bar na avenida Fleming e, quando deixava o estabelecimento, percebeu que três homens tentavam assaltar uma vítima e reagiu. Segundo informações da PM, André Luiz chegou a lutar com os bandidos, mas durante a briga levou dois tiros. Atingido na cabeça e nas costas, ele foi socorrido e levado ao Hospital Odilon Behrens por uma viatura policial, mas não resistiu. Na ocasião, José Henrique da Silva Bento, de 30 anos, foi preso e Ítalo Pedrosa de Souza Júnior, de 22 anos, e Wilson Guimarães fugiram em um Peugeot preto rumo à Pampulha. O carro foi abandonado na região e, dentro do veículo, a polícia encontrou Ítalo, conhecido como "Júnior Negão", já morto. Já na terça-feira (20), Wilson Guimarães se apresentou à polícia, entregou a arma do militar e foi preso. No último domingo (18), centenas de policiais fizeram uma manifestação em homenagem ao soldado.