Duplicação da BR-381 em Minas pode ser condicionada a pedágios de R$ 9,50 em mais 11 trechos

Juliana Baeta
14/06/2019 às 20:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:07
 (Google Street View/ Divulgação )

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Um estudo do governo federal sobre a concessão de trechos da BR-381 à iniciativa privada foi apresentado pelo senador Carlos Viana (PSD) durante encontro com empresários mineiros em Nova Lima, nesta sexta-feira (14). A intenção é viabilizar a duplicação da rodovia, se possível, em conjunto com a duplicação da BR-262 em até 15 anos. 

Para isso, seriam instaladas mais 11 praças de pedágios entre Belo Horizonte até a divisa com o Espírito Santo, com valores a partir de R$ 9,52, podendo chegar a R$ 13,70. Uma duplicação com custo alto para o motorista, que deverá ter que pagar cerca de R$ 50 em pedágios para uma viagem de Belo Horizonte a Governador Valadares. 

Na BR-381, as praças de pedágio seriam instaladas nas cidades mineiras de Caeté, João Monlevade, Itabira, Belo Oriente e Periquito, e, na BR-262, em São Domingos do Prata e Manhuaçu, ainda em Minas. Já no Espírito Santo, estas praças seriam instaladas na BR-262 em Martins Soares, Ibatiba, Venda Nova dos Imigrantes e Viana. Reprodução

Segundo o senador Carlos Viana, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) irá dar início às audiências públicas para consultar a população das cidades que terão os postos de pedágio já a partir do segundo semestre deste ano. 

"O governo quer saber se a população convocada para as audiências aprova a duplicação das ruas rodovias em conjunto, ou se primeiro duplica a BR-381 e depois a BR-262. Dependendo das escolhas feitas nas audiências, os prazos para a duplicação da 381 vão de 7 a 15 anos, sendo que as obras já começariam no segundo ano", explica.   

Tarifa dinâmica

Ainda conforme o senador, o valor pretendido para a tarifa gira em torno de R$ 9,52 cada trecho de 50 km. "De fato, não é um pedágio barato, mas dada a complexidade das obras, que envolvem muitos viadutos, túneis, esta é uma maneira de viabilizar a duplicação. Inclusive, o perigo é justamente que alguém consiga ganhar o contrato de concessão por um valor mais baixo e não dar conta de seguir com a obra, como aconteceu com a BR-262 e a BR-040". 

Ele ainda conta que a conversa com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ocorre no sentido de trabalhar com a chamada tarifa dinâmica. 

"O valor de R$ 9,50 para uma rodovia antiga sem duplicação é muito alto. Então, a ideia é trabalhar com a tarifa dinâmica. Os trechos em que o governo está duplicando serão terminados e terão tarifas integrais. Já os trechos onde a concessionária for trabalhar terão corrigido até chegar ao teto assim que a obra for entregue. Ou seja, a medida em que a duplicação for dendo feita é que o valor da tarifa cheia passará a ser cobrado. A expectativa é que o valor de uma tarifa mínima esteja em torno de R$ 5,50", comenta. 

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