Durante pandemia, necropsia poderá ser feita com aparelho de tomografia

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
06/04/2020 às 11:11.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:12
 (Polícia Civil/Divulgação)

(Polícia Civil/Divulgação)

No momento em que a Covid-19 avança por Minas Gerais, a Polícia Civil teve de adotar procedimentos específicos para exames de necropsia, para evitar o contágio de seus profissionais. Os médico-legistas agora estão usando aparelhos de tomografia para realizar exames de maneira menos invasiva e mais segura.

A necropsia virtual vinha sendo usada desde a tragédia em Brumadinho, em janeiro de 2019, com equipamento doado pela Vale após intervenção do Ministério Público. O exame é utilizado de forma complementar ao tradicional, sobretudo em áreas do corpo de difícil acesso. Quando possível, o médico-legista determina a causa da morte por meios externos, não havendo a necessidade da tomografia.

Agora, o legista pode usar a máquina para fazer análise e, se necessário, faz as incisões objetivas nos locais onde o exame apontar que há alteração, sem expor todo o corpo e sem nos expor a possíveis contaminações.

“Excepcionalmente por conta da pandemia a necropsia virtual está sendo realizada de forma mais ampla, eventualmente com um exame minimamente invasivo associado, por conta do risco de contaminação de todos os servidores envolvidos no processo: auxiliares de limpeza, auxiliares de necropsia, técnicos em radiologia, médicos-legistas”, afirma a médica-legista Adriana Zatti.

A Polícia Civil esclarece que a Medicina Legal analisa apenas mortes violentas, como homicídios e acidentes. A declaração de óbito em caso de doença, como pela Covid-19, é resultado de exame realizado pelo médico do Serviço de Saúde que atestou o falecimento.

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