
Modalidade que já vinha em rota de crescimento no Brasil há pelo menos três anos, o Ensino a Distância (EAD) ganhou ainda mais fôlego na pandemia e se consolida como preferência dos que desejam um diploma de nível superior. Otimização do tempo, custo menor da mensalidade e oportunidade para quem mora onde não há faculdades são atrativos, afirma o reitor do Centro Universitário Unisantanna, Natanael Aleva, uma das instituições com maior oferta de cursos em EAD do Brasil.
Segundo o docente, a renda média do brasileiro não é suficiente para arcar com o custo de alguns cursos presenciais. “A educação a distância veio facilitar a inclusão, uma vez que é mais acessível”, frisou.
Além disso, a modalidade EAD permite ao estudante fazer os seus próprios horários. “Ele pode se organizar e estudar no tempo disponível que tem, seja no intervalo no trabalho, no deslocamento de casa para o trabalho ou vice-versa”, complementou o reitor.
Dados do último Censo da Educação Superior, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que em 2019 já eram 237.478 mineiros em graduações on-line. Tendência de crescimento da modalidade deve ganhar ainda mais força no pós pandemia. Especialistas creem que a quantidade de alunos será maior que no presencial em 2022, um ano antes do esperado.
“A pandemia vai acelerar essa tendência de migração para o ensino a distância ou ensino híbrido (aulas presenciais e remotas)”, disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes, na ocasião da divulgação do Censo.