Ecstasy da marca Justiceiro, a mais apreendida em Minas, era produzido perto do Fórum Lafayette

Bruno Inácio
10/06/2019 às 15:56.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:02
 (Bruno Inácio )

(Bruno Inácio )

Pela primeira vez, a Polícia Civil encontrou em Belo Horizonte um laboratório onde havia produção de ecstasy. A droga, que geralmente é importada da Europa, estava sendo produzida em um apartamento no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a poucos metros do Fórum Lafayette. 

No imóvel, um homem de 27 anos foi preso em flagrante, suspeito de ser o maior produtor desta droga no Estado. Só no ano passado, cerca de 10 mil comprimidos da marca “Justiceiro”, que eram produzidas pelo suspeito, foram apreendidas em operações policiais.

O rapaz foi preso na última segunda-feira (3). A prisão foi convertida em preventiva pela Justiça, pois o suspeito já tinha passagens anteriores por tráfico de drogas.

Segundo o investigador Gabriel de Jesus, as investigações já aconteciam há cerca de um ano e começaram devido ao alto número de apreensões de drogas com os logotipos do suspeito em festas. “Essa droga era vendida em raves, nas festas noturnas e repassadas nestes ambientes de grandes quantidades de jovens que, infelizmente, vão pra se drogar”, afirmou Jesus.

Autodidata

Na casa do homem foram encontradas uma balança de precisão, mais de cem comprimidos de ecstasy e materiais para preparo da droga. O rapaz se apresentava oficialmente como adestrador de cães, e lucrava cerca de R$ 50 mil por mês vendendo os entorpecentes. “Ele não tinha nenhum tipo de formação. Aprendeu na escola do tráfico mesmo. É uma pessoa muito astuta”, disse o investigador.

Agora, a Polícia Civil tenta descobrir se havia um esquema por trás das vendas e se há ramificações no Estado, já que a informação é que as drogas eram repassadas tanto a consumidores finais quanto a revendedores.

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