(Danilo Emerich/Hoje em Dia)
Um balanço, supostamente provocado por uma aula de balé, mobilizou o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Polícia Militar, na tarde desta sexta-feira (14), em um prédio no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A oscilação esvaziou o imóvel de oito andares, localizado na rua Marília de Dirceu, número 226. Apesar do susto, não houve dano na estrutura do imóvel, liberado após vistoria. O advogado Diego José, de 29 anos, estava no 7º andar e disse ter sentido um pequeno balanço durante alguns segundos. No início, ele achou ter sofrido uma tontura, mas a situação se repetiu. Somente após os colegas de trabalho relatarem o mesmo, ele percebeu a movimentação do prédio. “Chegamos na janela e o pessoal do 8º andar também disse ter sentido o mesmo que nós. Então, decidimos sair do prédio”. O jornalista José Guilherme Araújo também sentiu a oscilação no último andar. "Demorou para a ficha cair. Assustou um pouco, mas saímos sem correria do lugar, alertando as outras pessoas que estavam no prédio". O síndico e proprietário do edifico, o engenheiro Silvio Bhering, disse que nunca ocorreu situação semelhante no prédio, construído entre os anos de 1984 e 1987. "A única explicação que eu encontrei para o caso foi o movimento de muitas pessoas pulando ao mesmo tempo, o que ocorria durante uma aula de balé, no segundo andar", explicou. O tenente do Corpo de Bombeiros, Fabricio Correia Valerio, concordou com a hipótese do síndico. "Isso acontece quando muitas pessoas se movimentam ao mesmo tempo, na mesma frequência, durante um tempo, gerando a oscilação nos andares superiores". O engenheiro técnico da Defesa Civil, Eduardo Pedersoli, diz que o fenômeno é raro, mas possível. Porém, ele não quis apontar a dança como causa. "Fizemos a vistoria. Não foram encontrados nenhum dano ou fissura no local. Já liberamos o local. É difícil apontar o que causou o balanço". Somente as pessoas que estavam nos 7º e 8º andares relataram ter sentido o balanço do imóvel. Apesar do susto, o prédio não precisou ser interditado. A Defesa Civil realizou a vistoria e o edifício foi liberado. Conforme o órgão, o prédio foi desocupado apenas por precaução. Atualizada às 17h35