Clima esquenta na Câmara durante discussão sobre retorno das aulas presenciais em BH

André Santos
18/02/2021 às 17:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:12
 (Bernardo Dias / CMBH)

(Bernardo Dias / CMBH)

O clima esquentou entre os vereadores durante reunião da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) nesta quinta-feira (18). Na pauta do dia estava a discussão sobre o retorno das aulas presenciais na capital mineira, mas, diante da ausência da secretária de Educação de BH, Ângela Dalben, o debate acabou polarizado entre os que são contra e a favor do retorno presencial em BH.

A ausência da secretária foi criticada pela presidente da comissão, a vereadora Marcela Trópia (Novo). O não comparecimento de Dalben só foi justificado momentos antes do início dos trabalhos. “Infelizmente, o não comparecimento da secretária nos impede de termos um posicionamento sobre quais são os caminhos que a PBH quer dar a este processo”, afirmou Trópia.

Comissão dividida

A falta de um representante do executivo municipal fez com que a discussão durante a audiência girasse em torno da necessidade ou não do retorno das aulas presenciais. Dois grupos se formaram: um dos favoráveis – Marcela Trópia (Novo), Flávia Borja (Avante), Professora Marli e Rubão (PP) – e um dos contrários – composto por Macaé Evaristo (PT) e Iza Lourença (Psol).

Na comissão, a briga interna é pela definição de quem serão os convidados a participar dos debates. O grupo composto por Evaristo e Lourença acusa a direção da comissão de não dar voz a grupos de representação de trabalhadores. “Não é uma questão de promover um debate ideológico, mas sim de abrir espaço ao contraditório, a uma discussão plural”, enfatizou Lourença. O argumento foi refutado por Trópia. “Acho que existe um desperdício de energia que deveria ser usada para discutirmos em conjunto os diversos fatores que envolvem o retorno às aulas”, rebateu a presidente da comissão.

Contra e a favor

Defensora do retorno das aulas presenciais, a vereadora Flávia Borja (Avante), vice-presidente da comissão, defendeu que o retorno das atividades presenciais é urgente. “É uma questão de saúde emocional das famílias. Existe um sofrimento entre os alunos e também entre professores e isso tem um impacto em todos os que estão envolvidos no ambiente escolar”, garantiu Borja.

Já Macaé Evaristo afirmou que é necessário discutir não somente o retorno das atividades das escolas particulares, mas também o acesso dos alunos da rede pública municipal. “Ontem visitamos duas escolas e conseguimos identificar que ambas não cumpriam partes do protocolo estabelecido pela própria PBH para o retorno seguro às aulas”, afirmou Evaristo.

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