Dia do Estudante: universitários da geração 'Z' prometem reinventar o mercado de trabalho

Liziane Lopes
09/08/2019 às 17:41.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:55
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Os universitários que se preparam atualmente para uma nova profissão fazem parte da chamada geração "Z", a de pessoas nascidas entre meados dos anos 1990 e início de 2010. Esses alunos, que comemoraram o Dia do Estudante nesse domingo (11), são tecnológicos por natureza, capazes de realizar multitarefas e prometem reinventar o mercado de trabalho.    

"Eles gostam de inovar, não esquentam muito o lugar, é difíl de manter essa geração dentro da empresa. Por isso o ambiente pra eles (da geração Z) tem que ser totalmente digital. Os empresários têm que pensar na automação dos processo, essa geração prima pela velocidade e praticidade", explica a coordenadora de administração e gestão das Faculdades Promove, Andrea Arnaut.

É uma geração que já nasceu com a quebra de paradigmas e a mediação da tecnologia para tarefas cotidianas como pegar um táxi, alugar um hotel ou pedir uma refeição.  "Eles têm o raciocínio rápido, são mais práticos, autênticos e espontâneos também. Usam a internet com transparência. Não se importam muito com a exposição. Conseguem assistir TV, escrever um documento, falar no whatsApp... Tudo de uma vez só",  diz a coordenadora.

Segundo ela, a tecnologia já faz parte da vida da maioria das empresas, mas é preciso inovar ainda mais para manter, por mais tempo, um profissional da geração"Z". "Reter esses talentos é desafiador", esclarece.

Segundo pesquisa do laboratório Think with Google, quando questionados sobre a definição de sucesso, 33,2% responderam empreender, contra 15,5% que optaram por ter um cargo importante, um resultado bem diferente do esperado há alguns anos e que mostra o apetite por novos negócios dessa geração.Reprodução/Think with Google / N/A

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 O mestre em Educação, doutorando em Sistema da Informação e Gestão do Conhecimento e professor das Faculdades Promove de Gastronomia e Enfermagem, Frederico Divino Dias, lembra que algumas áreas, como a da informática e da biomedicina, já estão predispostas a absorver esses profissionais. Mas outras áreas precisam urgentemente buscar a modernização. "Eles (da geração Z) já estão disponíveis para o mercado de trabalho. As empresas precisam ficar atentas às mudanças", reforça.

 Desafio nas salas de aula

O novo perfil de estudantes nos bancos das universidade também é desafio dentro de sala de aula, segundo o mestre em Educação Frederico Dias. Ele explica que é necessário ter uma nova formação para que os professores possam atender os alunos da Geração "Z". "Eles ficam o tempo todo com celular, que faz parte do processo da educação. É preciso aproveitar isso, trabalhar todas as potencialidades desse aluno", afirma.

De olho nessa geração, as Faculdades Promove apresentaram, no início do mês, a implantação do Google for Education, o programa educacional de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, no dia a dia de professores e alunos. A ideia é usar ferramentas como o Drive (plataforma de armazenamento) e o Forms (formulários) para facilitar a elaboração de trabalhos e provas, por exemplo. 

Para garantir a implantação, estão sendo realizadas oficinas de cada aplicativo. O participante, além de receber o certificado, vira multiplicador dentro de sala de aula e também no mercado de trabalho. 

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