Servidores estaduais da saúde que estão em greve há três semanas montaram acampamento em frente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na manhã desta segunda-feira (10). De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), cerca de seis barracas foram erguidas no local. Conforme o diretor do sindicato, Renato Barros, a categoria está revoltada com a falta de diálogo por parte do Governo, que exigiu o fim do movimento grevista para início das negociações. "Não há previsão para o fim do acampamento, vai depender do Governo. Estamos esperando que o Estado apresente uma proposta concreta para os trabalhadores", disse. Além do acampamento, a categoria planejou diversas atividades em unidades de saúde diferentes. Na Fundação Hemominas, que também mantém escala mínima, os trabalhadores entregam carta aberta e falam sobre o desrespeito do governo nas negociações. Os servidores reivindicam a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, revisão do plano de carreira, com menor tempo para promoção por escolaridade, e a isonomia nas gratificações das diversas carreiras da saúde. Além disso, eles cobram reajuste salarial de 12,5% e afirmam que, em uma das reuniões do Comitê de Negociação Sindical, o governo já teria sinalizado que não haveria aumento este ano. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde confirmou que o Governo propôs o fim da greve, mas a medida foi negada. Uma nova assembleia dos servidores está prevista para ocorrer na terça-feira (9), a partir das 10 horas, no Pátio da Assembleia Legislativa (ALMG), quando os rumos do movimento serão decididos.