Em meio à pandemia de Covid-19, funcionários da Fhemig encerram greve por 30 dias

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
19/03/2020 às 11:40.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:00
Vítimas encaminhadas ao HPS têm entre 6 e 55 anos. Uma delas não foi identificada ainda (Hoje em Dia)

Vítimas encaminhadas ao HPS têm entre 6 e 55 anos. Uma delas não foi identificada ainda (Hoje em Dia)

Em meio à pandemia do novo coronavírus, os funcionários grevistas da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) votaram por encerrar o movimento que já durava 64 dias. De acordo com a associação que representa a categoria, a paralisação será encerrada pelos próximos 30 dias. Após esse período, uma nova assembleia será realizada para discutir a situação.

Os trabalhadores estavam parados há mais de dois meses para reivindicar, dentre outras coisas, melhoria nas condições de trabalho, pagamento do 13º salário de quem ainda não recebeu o benefício e incorporação de ajuda de custo nos vencimentos. A decisão de encerrar a greve provisoriamente, conforme a Associação Sindical dos Trabalhadores da Fhemig (Asthemg), aconteceu depois que o governo de Minas propôs mudanças nos itens do acordo enviado aos grevistas. 

Dentre elas estão a não punição dos grevistas, que não terão corte na ajuda de custo e na remuneração referente ao período que ficaram parados. Além disso, será criada uma comissão para negociar um possível reajuste salarial.

Por nota, a Fhemig informou que o Estado atendeu mais de 83% da pauta de reivindicações dos grevistas, inclusive do pagamento integral do 13º salário. "As questões não acordadas aguardam decisão judicial", explicou. A fundação também destacou que "todas as partes compreenderam que o momento exige a adoção de medidas e prevenção no enfrentamento ao COVID-19, o que necessitará de uma dedicação ainda maior dos profissionais de saúde"

Assembleia.

Segundo a Asthemg, nos próximos dias haverá uma reunião entre o sindicato, a Fhemig, a promotoria de saúde e a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) "para discutir as condições necessárias para garantir a segurança dos trabalhadores da Fhemig e garantir equipamentos individuais de proteção dos que irão lidar direto com os casos de coronavírus, máscaras, capotes e o que for necessário".

A associação não informou qual foi a adesão da greve. A Fhemig é responsável por diversos hospitais em Minas Gerais, dentre eles o João XXIII, em Belo Horizonte.

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