Em nome da segurança, vizinhos se unem e tornam-se famílias

Patrícia Santos Dumont - Do Hoje em Dia
29/06/2012 às 23:10.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:13
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

  Criar uma rede de proteção permanente e estreitar os laços de amizade entre os vizinhos. Esses são os objetivos da Rede de Vizinhos Protegidos, criada em 2008 pela Polícia Militar, em Belo Horizonte. No Bairro Planalto, Zona Norte da capital, um dos primeiros a aderir ao projeto, a afinidade entre os moradores da rua Newton Pereira transformou a vizinhança em uma grande família. Para o sargento André Saldanha, da 16ª Companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento no local, o foco do projeto vai além de implantar sistemas eficazes de combate à criminalidade. “O intuito da rede é evitar e combater assaltos e outros tipos de crimes, mas de maneira diferenciada, interligando os moradores e transformando ruas e bairros em um aglomerado formado por amigos e companheiros”.   O analista de sistemas Helder Brandão, de 43 anos, que mora na rua Newton Pereira há dez anos, faz parte do grupo das 20 casas protegidas. A ideia de aderir ao programa surgiu depois de um arrombamento em sua residência. “Viajei por três dias e, quando voltei, encontrei a casa arrombada e com vários pertences roubados. Foi a partir daí que vimos a necessidade de nos unirmos para garantir nossa própria proteção”, relata. A convivência, segundo ele, melhorou muito. “Costumo dizer que, nos dias de hoje, as pessoas mal se cumprimentam. Com a criação da rede, nos tornamos mais do que vizinhos, somos amigos, companheiros, quase uma família”, ressalta.    No sábado (30), a partir das 15h, moradores do Planalto irão se reunir para comemorar a criação da rede de vizinhos protegidos, há um ano. A rua Newton Pereira ficará fechada e será ponto de encontro entre moradores e policiais militares.

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