Em SP, 250 cidades estão sob alerta ou risco para dengue, zika e chikungunya

Estadão Conteúdo
13/12/2018 às 12:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:33
 (Hoje em dia)

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Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde nos meses de outubro e novembro e apresentado nesta quarta-feira, 12, aponta que 250 cidades de São Paulo estão em alerta ou risco de surto para dengue, zika e chikungunya. Os números integram o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa)

O governo considera que um município está em alerta para as doenças quando o Índice de Infestação Predial (IIP) está entre 1% a 3,9%. É considerado risco a partir de 4%.

Brasil

Dados do LIRAa indicam que 504 municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação, com risco de surto para doenças transmitidas pelo mosquito. Ao todo, 5.358 municípios de todo o País (96,2% do total) realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

Além das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 1.881 municípios em alerta e 2.628 municípios com índices satisfatórios (IIP inferior a 1%).

Estão com índices satisfatórios as capitais Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Teresina (PI), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Macapá (AP), Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE). E estão em estado de alerta Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), São Luís (MA), Belém (PA), Vitória (ES), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).

Já as capitais Palmas (TO), Boa Vista (RR) Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC) estão em risco de surto de dengue, zika e chikungunya por apresentarem Índice de Infestação Predial (IIP) igual ou superior a 4%. As capitais Natal (RN) e Porto Alegre (RS) fizeram o levantamento por armadilha.

O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril e tina, foi o principal tipo de criadouro na região Nordeste. Na região Sudeste o maior número de depósitos encontrados foi em domicílio, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul predominou o lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.

Dados Epidemiológicos:

Dengue: Até 3 de dezembro, foram notificados 241.664 casos de dengue em todo o País, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (232.372). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 115,9 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 176 mortes em 2017 para 142 neste ano.

Chikungunya: Até 3 de dezembro, foram notificados 84.294 casos de chikungunya em todo o País, redução de 54% em relação ao mesmo período de 2017 (184.344). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 40,4 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 81,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 191 mortes em 2017 para 35 neste ano.

Zika: Até 3 de dezembro, foram notificados 8.024 casos de zika em todo o País, redução de 53% em relação ao mesmo período de 2017 (17.025). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 3,8 casos/100 mil habitantes. Neste ano, foram quatro óbitos.
 

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