Empresário executado em carro blindado é velado em BH

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
27/02/2018 às 12:24.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:36
 (PMMG/Divulgação)

(PMMG/Divulgação)

A Polícia Militar acompanha, nesta terça-feira (27), o velório do empresário Adriano Costa Vale, de 37 anos, que foi executado a tiros de fuzil na segunda-feira (26), em uma emboscada no bairro Santa Cruz, região Nordeste de Belo Horizonte. O velório e sepultamento ocorrem no Cemitério da Saudade, região Leste da capital.

A Polícia Civil já analisa imagens do circuito de segurança da rua São Leopoldo,  onde o crime ocorreu,  e trabalha com todas as possibilidades, incluindo disputa entre guangues no Bairro Santa Cruz. Adriano Vale era empresário do ramo de reboques de veículos e há a suspeita de que o crime tem relação direta com o seu trabalho.

Nesta terça-feira (27), a Polícia Civil descartou que o caso tenha relação com o assassinato de um advogado ocorrido em 2013, no bairro Castelo, que teve uma execução semelhante à do empresário. Na época, o inquérito apurou que a morte do advogado estaria relacionada a um acerto de contas.

Familiares e amigos também acompanham o velório no cemitério. O sepultamento está previsto para o início da tarde desta segunda.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Militar, o veículo em que a vítima estava, uma Captiva blindada, foi fechado por uma Eco Sport de cor branca. Um homem armado com um fuzil, usando uma touca ninja, desembarcou e disparou mais de 50 vezes contra o carro do empresário. Apesar de o veículo ser blindado, os disparos atravessaram os vidros e atingiram o alvo.

A avó do empresário, de 83 anos, também estava no carro e ficou ferida por estilhaços. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Familiares disseram aos policiais que a vítima vinha sofrendo ameaças e, por isso, adquiriu um veículo com proteção especial, mas não deram detalhes sobre as ameaças de que o empresário seria alvo.

Cápsulas de munição de fuzil calibre 762 ficaram espalhadas na rua. “Foi aterrorizante. Nossa rua é tranquila. Jamais presenciei tamanha violência”, relatou uma moradora, de 27 anos, que pediu para não ter o nome divulgado. A polícia ainda não tem informações do que pode ter motivado o crime.

A perícia da Polícia Civil esteve no local e apreendeu, além das cápsulas, material de vídeo de sistema de segurança de residências vizinhas, o que que pode ajudar na identificação dos envolvidos no homicídio. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte.

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