Uma nova vistoria feita na tarde desta quarta-feira (25) pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) acompanhada por um técnico da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos (ABMS) liberou para que moradores dos prédios rua Cabo Verde, no Cruzeiro, voltassem para seus apartamentos.

De acordo com os técnicos, até o momento não há necessidade de interdição dos dois prédios próximos ao terreno onde era feita a obra de construção de um edifício residencial, cuja fundação abalou os prédios vizinhos, provocando as rachaduras no solo. A Defesa Civil vai manter um monitoramento no trecho permanentemente e instalará sirenes caso exista risco iminente.

Esta é a segunda vez que o local é afetado após o início da obra de um prédio de sete andares, pela construtora Edifica Engenharia Ltda. Na primeira vez, foi necessária a intervenção do Ministério Público para resolução de um problema de fundação que causou uma fissura no ponto.

O proprietário da construtora, Rogério Valadares Gontijo, atribuiu o novo caso a um possível rompimento de tubulação ou drenagem pluvial insuficiente da rua. Já vizinhos da obra culpam a construtora pelo risco gerado. Até ameaças ao responsável técnico da construção foram pichadas no local.

O engenheiro geotécnico e membro da Sociedade Brasileira de Medição de Solo, Euler Magalhães Rocha, avaliou o local e classificou como um “acidente de engenharia”, ou defeito na obra. “Não podemos apontar a causa desse acidente ainda. Pode ter sido um projeto errado, uma execução errônea ou até um rompimento de tubulação subterrânea”, afirmou.

Segundo ele, foi acertado com a construtora  uma obra emergencial para cessar os abalos. será feito um aterro para estabilização da obra de fundação do edifício em construção.

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