O grupo carioca Monobloco, que completa 18 anos em 2018, retorna a Belo Horizonte no Carnaval. Depois de fazer sua estreia no ano passado na folia da capital e reunir milhares de foliões no entorno do Mineirão, o bloco faz seu último ensaio aberto neste domingo (28), que deve reunir cerca de 5 mil pessoas no Parque Municipal Américo Renné Gianetti.

A folia, que começou às 18h30 e promete ir até às 22h30, fecha os preparativos do grupo para o Carnaval. Gratuito, o evento teve ingressos esgotados bem antes do prazo - que terminava às 16h30 deste domingo (28).

Assistindo ao Monobloco pela primeira vez, a empresária Nicole Miranda, de 31 anos, estava animada. “Estou gostando muito”, disse ela enquanto curtia a folia. A amiga, a relações públicas Isabella Bregunci, de 31 anos, compartilhava a animação. “Já assisti ao Monobloco umas 15 vezes. Aqui em Belo Horizonte, no interior de Minas e também no Rio”, contou ela, que já participa do terceiro ensaio durante o pré-carnaval da capital. “Gosto desse clima, as pessoas ficam mais felizes, mais solícitas. Parece que as coisas são mais acessíveis”, observa.

Junto delas, a engenheira Marina Diniz, de 30 anos, reforçou que o desejo é ficar até o final da festa. Ansiosa para o Carnaval de Belo Horizonte, ela disse que espera que a festa seja tão boa quanto nos últimos anos. “É uma festa organizada e o fato de não precisar dormir fora de casa é algo muito bom também”, disse.

Em família

A aposentada Marília Soares, de 79, foi curtir a folia junto das filhas - uma delas, participante da oficina do Monobloco, tocava junto do grupo carioca. A outra filha, Arlene, de 44 anos, também estava lá para prestigiar a irmã.

“Conhecemos o Monobloco de outros carnavais, agora viemos também para vê-la”, contou ela, que teceu elogios à festa belo-horizontina. “Já passei o carnaval em outros lugares, como em Salvador. Mas aqui a festa tomou uma proporção que não tem como viajar mais”, afirma ela, que já se prepara para seu quarto Carnaval na capital.

“Vimos o Carnaval tomando fôlego”, disse, lembrando de participar de blocos como Baianas Ozadas e Juventude Bronzeada quando ainda eram pequenos. “Acho que o belo-horizontino se rendeu ao Carnaval que é a cara de BH”.

Outra que não deixa a família de lado para acompanhar a festa é a técnica em química Ana Carolina Maia, de 34 anos. Ao lado do marido, da filha, de 6 anos, e da sobrinha, de 3, ela curtia pela primeira vez o ensaio do Monobloco. "Estou adorando", disse ela, que ressaltou a presença dos familiares na folia.

“Em todos os carnavais saímos com elas, estamos passando a tradição”, disse. A expectativa para festa desse ano é grande, ela acrescentou. “Acho que vai ser ainda melhor que no ano passado”.

Falta de organização

Apaixonada pelo Carnaval de Belo Horizonte, a turismóloga Vânia Souza, de 53 anos, reclamou da falta de organização durante a entrada no evento. “Chegamos aqui às 18h30 e a fila já passava do Palácio das Artes, chegando na rua Carandaí”, contou ela, atentando para o perigo. “Sobrevivi segurando na grande”, disse em relação ao empurra-empurra na entrada.

Mas, apesar do aperto, ela se declara para o Carnaval da capital. "É maravilhoso, maravilhoso, maravilhoso", elogiou,  garantindo que vai curtir a festa. “Vamos curtir nossa sobrevivência”, brincou. “Gostaria que da próxima vez tivessem mais pessoas na portaria, já estive em outros blocos e não tive esses problemas”, pediu.

A reclamação não foi por acaso. Apesar de a turismóloga ter conseguido entrar, muita gente não conseguiu. Por volta das 20h30, uma quantidade grande de pessoas ainda aguardava pela entrada na portaria do Parque Municipal.

Do lado de fora, muitas pessoas também iam embora, enquanto cambistas tentavam vender ingressos - disponibilizados durante a semana de forma gratuita na internet.

Veja imagens do ensaio do Monobloco em Belo Horizonte:

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