Enterrado corpo de menina que teve coração arrancado por colegas

Amanda Paixão e Rosildo Mendes - Do Portal HD
22/06/2012 às 16:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:01
 (Agência Estado)

(Agência Estado)

Foi enterrado na tarde desta sexta-feira (22) o corpo de Fabíola Santos Correia, de 12 anos. A garota foi brutalmente assassinada por duas adolescentes de 13 anos, em um lote vago, em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no dia 26 de maio. O sepultamento foi realizado no Cemitério Municipal da cidade.

O corpo da jovem foi liberado nesta tarde depois de ter ficado duas semanas no Instituto Médico-Legal (IML). Segundo a Polícia Civil, a demora ocorreu devido a necessidade de vários exames para confirmar a identidade de Fabíola, por causa do estado em que se encontrava o corpo. A identificação só foi possível após o exame da arcada dentária.

Na quinta-feira (21), a juíza da Vara da Infância e do Adolescente, Andrea Faria Menes, e o Ministério Público ouviram as duas adolescentes suspeitas do homicído. As estudantes chegaram ao Fórum de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde participaram de uma audiência que durou cerca de sete horas.

O que foi falado no depoimento não pôde ser divulgado, uma vez que o caso corre em segredo de Justiça. Elas estão acauteladas no Centro São Jerônimo, em Belo Horizonte, onde deverão ficar por três anos.

Segundo o delegado Enrique Solla, responsável pela investigação do crime, as duas adolescentes se tornaram as principais suspeitas depois que a mãe de Fabíola contou à polícia que a filha saiu com as duas colegas em 27 de maio e desapareceu. Naquele dia, as adolescentes atraíram a amiga para o interior da Mata do Japonês, na periferia de São Joaquim de Bicas, sob alegação de assistirem a um jogo de futebol. No local, uma delas deu uma gravata e ameaçou Fabíola com uma faca, quando ela se debateu e se cortou gravemente. Ao verem a menina sangrando, as duas acabaram aplicando golpes de barra de ferro.

Depois, arrancaram o coração e um dedo do pé esquerdo da vítima. A ideia era levar os restos mortais e mostrar para as mães, alegando que elas estavam sob ameaça e haviam matado um traficante. Um menino de 8 anos chegou a enterrar as partes do corpo, que depois foram jogados no rio Paraopeba.

No dia 7 deste mês, um lavrador encontrou o corpo da menina já em adiantado estado de decomposição, com sinais de esmagamento e uma grande abertura no peito.

Ainda conforme o delegado, uma das adolescentes foi apreendida no dia 12 passado, quando confessou o crime e a outra foi detida no dia seguinte.

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