Foi enterrada, no fim da tarde desta quinta-feira (18), o corpo da menina de um ano e 11 meses encontrada morta dentro de um carro fechado, na capital. Parentes e amigos prestaram as últimas homenagens no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, região Noroeste de Belo Horizonte, onde ocorreu o sepultamento. Antes, durante toda a manhã e parte da tarde, ocorreu o velório na região do Barreiro.   Como já era esperado, o clima de comoção tomou conta do local. Várias palavras de conforto e carinho foram ditas à mãe e ao pai da criança. Um padre estava presente e deixou algumas mensagens. "Nós nunca esperamos a morte, mas tem que ser um momento de amor entre a família. O amor cura tudo", disse o sacerdote.    Relembre o caso   A menina morreu na noite de quarta-feira (17). A mãe iria levá-la para a creche, mas se esqueceu e seguiu para o trabalho, no aeroporto da Pampulha. A criança ficou horas trancada no estacionamento do terminal. Após o expediente, a mulher pegou o carro, sem perceber a presença da menina, e foi para a creche. Quando os funcionários negaram que a menina estivesse lá, a mãe descobriu a filha morta no veículo.   Em relato da mãe aos militares, ela disse que normalmente é o pai quem cuida da menina na parte da manhã. Porém, o homem teve que trabalhar na manhã dessa quarta e deixou a criança aos cuidados dela. A mulher ficou com a responsabilidade então de deixar a filha na creche, na rua Antônio Paulino de Castro. No entanto, ela se esqueceu da presença da menor no veículo e foi direto para o trabalho. O veículo ficou parado e fechado no aeroporto durante toda a tarde, sob o sol.   Segundo a PM, após sair do trabalho, a mãe, ainda sem perceber a filha no veículo, foi até a creche com a intenção de buscá-la. No local, ele tocou o interfone e os funcionários do berçário negaram a presença da menor. Neste instante, Renata Ferreira correu até o carro e encontrou a criança. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas não conseguiu salvar a menina.   Após a constatação do óbito, a mãe entrou em estado de choque, dizendo que havia matado a própria filha. Ela foi levada para uma unidade de saúde e depois para a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. O caso foi registrado como abandono de incapaz pela Polícia Militar.    *Com informações de Danilo Emerich, Guyanne Araújo e Renato Fonseca

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