Erros no projeto, aditivos e atrasos ameaçam obras do BRT na capital

Humberto Santos - Do Hoje em Dia
11/02/2013 às 08:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:54
 (Marcelo Prates)

(Marcelo Prates)

Concebida para ser uma via de trânsito rápido do transporte público e desafogar as ruas durante as copas das Confederações e do Mundo, o BRT da Cristiano Machado está atrasado por causa de erros no projeto. Alterações, intervenções sem estudo prévio, desconhecimento da rede subterrânea da Copasa e postes da Cemig que não foram retirados a tempo são algumas falhas enumeradas em relatório que o consórcio Constran-Convap entregou à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em 2012. A obra teve acréscimo de mais de R$ 8 milhões, cujo termo aditivo é desconhecido. A duração da obra seria de 12 meses, mas a intervenção ganhou prazo até janeiro deste ano e não foi concluída. O consórcio pediu em 22 de agosto de 2012 mais 155 dias de prazo para a entrega da obra sem aumentar o valor do contrato. Seis dias depois, o secretário de Obras e Infraestrutura da PBH, José Lauro Nogueira Terror, autorizou o aditivo.   “Iniciada a execução do contrato constatou-se que aquelas premissas não correspondiam à realidade. Os projetos executivos apresentavam elevado grau de dissonância com a realidade do local de execução das obras, exigindo sua ampla e geral revisão antes do início da obra”, diz o relatório.   Sem drenagem   Sofrendo com inundações em qualquer chuva mais forte, a Cristiano Machado poderia ficar sem rede de drenagem. Em correspondência à Sudecap, o consórcio informou que o projeto de drenagem do trecho ente as estacas 39 e 55 havia previsto apenas a execução de bocas-de-lobo na pista interna, ou seja, no corredor do BRT. Não havia, portanto, qualquer previsão relativa à execução de bocas-de-lobo para a drenagem pluvial nas pistas externas.   Diante da situação, foi pedido ao consórcio que fizesse adequações no projeto. Porém, o termo aditivo autorizando a mudança só foi assinado em março de 2012, seis meses depois do problema ser diagnosticado.    “Outro exemplo de atraso nas definições técnicas e no envio de projetos por parte da Sudecap é a passarela do Minas Shopping. Conforme informado em correspondência à Sudecap, em 27/9/2011, os pilares da passarela localizados na estaca 62 se encontravam locados em meio ao trajeto do futuro corredor de ônibus”, frisa o relatório. “Até março de 2012 não havia qualquer projeto para resolver o problema”.    Entretanto, não é só essa passarela no meio da pista do BRT. A do viaduto da Via 710 também ocupa área destinada ao corredor de ônibus no projeto. O consórcio incluiu no documento a resposta da Sudecap: “Não há previsão para retirada desta passarela recém-construída. Deverá ser alterada a geometria da plataforma para compatibilização do problema”.   Leia a matéria completa na Edição Digital

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